sábado, 13 de dezembro de 2008

Cuidado ao puxar


O caso que vou relatar aconteceu com um amigo. E acreditem: assim como todos os outros absurdos aqui postados, é verossímil. O problema maior foi conseguir do protagonista do episódio autorização para contá-lo. Pedi, fiz charme, prometi não citar nomes... e ele, finalmente, disse que não. Mas a história é tão boa que eu decidi contar assim mesmo. Afinal, o caso pode ser dele... mas o Musa é meu! E meus fiéis leitores não poderiam ser privados de uma dessas. Segue:


Rapaz na faixa dos 30, de aparência simpática, sempre paramentado com figurino interessante, freqüentador de lugares da modinha e solteiro no Rio de Janeiro, o camarada em questão anda, como se diz, pegando até papel na ventania. Blogueiro de certo sucesso, usa o dom da escrita para, digamos, angariar leitoras. E foi uma delas que meu amigo convidou para um papo sobre literatura, jornalismo e música seguido, é claro, de uma noite de cópula em seu (amplo e bem decoradinho) ap.

Depois de alguns drinques e de uma boa conversa mole, o bagulho, como dizem meus amigos funkeiros, ficou doido! Até que lá, no ápice do coito, a moçoila solicita ao meu amigo um "bônus":

-"Bate", ordenou

E foi prontamente atendida pelo solicitado que, embalado pelo "tapinha", aproveitou o ensejo para contemplá-la com aquele puxão nas madeixas. Foi aí que veio um gritinho! Seguido da fuga da moça, que saiu em disparada para o banheiro do ap. Não, leitores. Ele não machucou a senhorita. Ela foi apenas ajeitar a peruca, puxada rapidamente das mãos do meu pobre e incauto amigo que, impávido, lá no ninho de amor, ainda se recuperava da sensação de ter escalpelado a sujeita...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Bus TV

Como se não bastasse a viagem tortuosa que faço diariamente à Barra da Tijuca, onde labuto, ainda tenho que enfrentar inconvenientes que vão além da distância e do engarrafamento. Um dos principais, sem dúvida, é a onipresente TV do 2016 (Castelo - Mandala), coletivo do qual faço uso para me locomever até o meu destino. Na eclética programação da emissora- batizada de forma criativa como "Bus TV"- encontra-se "atrações" que vão de clipes da Cláudia Leitte a vídeos no estilo vídeo-cassetadas do Faustão. Todas apresentadas por uma moçoila que deve ter aprendido o ofício com as meninas do extinto programa "Fantasia".

Mas na "Bus TV", não é só o entretenimento que ganha espaço. Afinal, uma emissora- mesmo que seja a de um coletivo- deve levar educação e cultura ao telespectador. E é isso que a "Bus TV" faz! Entre um clipe e uma vídeo-cassetada (ilustrada sempre pela legenda "está na internet"), pipocam nas (muitas) telinhas espalhadas pelo veículo preciosas dicas de economia doméstica (Guarde sempre um dinheirinho na poupança. Pense antes de gastar), cozinha e prendas do lar (para deixar o fogão sempre limpo, use sal e óleo diesel...) e, é claro, beleza! São as minhas preferidas. Compartilho com vocês uma que anotei ontem, na viagem de volta ao meu lar:

Para mãos sujas e JUDIADAS
Misture: uma colher de GERME de trigo com uma colher de sopa de óleo. Esfregue bem nas mãos. Use diariamente

Vamos lá! Calos, nunca mais!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O ex-BBB, o pagodeiro e a Trepadeira do Funk

Imaginem um acontecimento que reunisse um ex- Big Brother inexpressivo, uma dançarina cuja singela alcunha é "Trepadeira do Funk", um pagodeiro paulista e o Rodriguinho dos Travessos (outro pagodeiro paulista)? Não vira um "não deixe de perder" porque, infelizmente, já aconteceu. E pra provar a existência dessa aberração festiva, seguem o release- e as fotos - do "evento", gentilmente reencaminhados pelo meu amigo Márcio Beck, vítima do aviso de "pauta":

Na noite de quinta-feira 27 de novembro, Jacqueline Sant' Anna (Trepadeira do Funk) e Felipe Basílio, ex-BBB, foram ao Futebol Beneficente na quadra da Gaviões da Fiel, zona Norte de São Paulo, organizado pela UNIT - Unidade Nacional de Inclusão de Talentos, ONG do cantor Rodriguinho (ex vocalista dos Travessos) coordenada por sua mãe Conceição.
O evento teve como objetivo a arrecadação de brinquedos para distribuição no natal às crianças carentes. Circularam pelo evento muitas celebridades (????) como o próprio Rodriguinho, Thiaguinho (vocalista do Exaltasamba), Yudi Tamashiro apresentador do programa Bom dia & Cia., entre outros.

Eis as ilustres celebridades citadas:

Pagodeiro, Ex-BBB, outro pagodeiro

Ex-BBB e Trepadeira do Funk

Será que teve cobertura ao vivo do TV Fama?




quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Chá de "SumiLço"

Em um momento recente de dor-de-cotovelo, fiz uma viagem de fim de semana para uma famosa cidade litorânea na companhia de uma amiga. Nada como novos ares para respirar, novas pessoas para conhecer e, é claro, novas possibilidades de seres do sexo masculino para interagir. Ou há melhor remédio para uma dor de cotovelo do que um novo e frívolo romancezinho?

Como não sou boba nem nada, tratei de aproveitar uma possibilidade que lá surgiu. Estávamos, eu e minha amiga, na paradisíaca praia tostando nossos corpitchos quando me aborda um bem apessoado nativo. Com uma convidativa latinha de cerveja em mãos, o referido pede para sentar-se ao meu lado e me oferece um gole. O papo, assim como a cerveja, foi fluindo... até que, horas depois, estava eu aos beijos com o rapaz à beira-mar. Foi bacaninha, mas nada que despertasse em mim desejo de estabelecer matrimônio com o moço. Todavia, cedi meu telefone e email. A brisa litorânea, o mar de águas límpidas, uns beijinhos... sabem como é, fiquei vulnerável.

Voltei para a metrópole e o telefone do gatinho praiano continuou perdido em algum lugar da mala. Não tive interesse em procurar. Muitos dias se passaram. E quando eu já me lembrava mais da praia do que do romancezinho, eis que recebo o seguinte email (Ipsis litteris):

Assunto: VC SUMIL

OI GATA POW NEM ME LIGOU NE QUANDO VAI VOLTAR AQUI?
GATA ESTOU LOUCO PARA TE ENCONTRAR NOVAMENTE PARA TE BJAR NOVA MENTE. PARA PODER TE ACARICIAR TODA, APESAR DE VC NAO TE DEIJADO FAZER ISSO NA PRAIA, RSRSRS. BJBJBJ, SONHA COM MIGO TE FAZENDO CARICIAS DE BAIXO DO IDEDRON, RSRSRS, BJBJ.

Idredon?? Nova mente? Deijado? Sumil? Com migo????

Acho que vou voltar a seguir aquele velho conselho que mamy me dava na década passada: "Não vá aceitar bebida de estranhos, hein?"

sábado, 1 de novembro de 2008

Adoro a imprensa marrom: mais uma


Quando eu acho que o 'Meia Hora' não pode mais se superar em genialidade, eis que me deparo com esta manchete:


Dispensa comentários...

sábado, 25 de outubro de 2008

O 'engraxadinho'


Inferno astral? Pagamento de pecados pregressos com juros de cheque especial? Encosto? O fato é que por razões místicas ou por pura e simples coincidência infeliz, estou numa fase em que tudo dá errado. Problemas no trabalho, problemas com a família fantástica, fracassos impublicáveis na vida sentimental... Enfim, o período atual da minha existência é a síntese perfeita da máxima popular "quando a maré tá ruim, o urubu de cima caga na cabeça do de baixo".

Para espantar o mau agouro, decidi aceitar um convite do meu amigo Caio para um sambinha em Botafogo, estilo "gente bonita e clima de azaração". Achei bacaninha o lugar e até me diverti, sobretudo depois de encontrar-me entorpecida por uma quantidade significativa de Antarctica Original. Saí de lá mais leve, sorridente e até acreditando que, se Deus existe, ele deve estar penalizado com a minha situação.

E a minha euforia otimista chegou ao ápice quando, depois de pegar um ônibus errado (olha o encosto aí!) fui socorrida por um rapaz muito bem apessoado, que se dispôs a me acompanhar até o ponto do coletivo que me traria de volta para a Província de Araribóia. Gentil, o garboso moçoilo ainda me levou para degustar um autêntico podrão em Copacabana, daqueles que salvam qualquer larica de fim de noite. Ainda fez questão de pagar a conta, o fofo!

Tudo muito lindo e colorido, até que algo fez acender o meu alerta vermelho! Numa tentativa de levantar meu combalido astral, o rapaz citou uma frase de Paulo Coelho. E ainda revelou a fonte!! Por que não sugou a famigerada frase e soltou no ar, como se fosse dele? Eu acharia apenas brega, mas ignoraria o fato de que ele lê (e cita) Paulo Coelho. E continuaria acreditando que encontrara uma espécie de príncipe encantado de fim de noite.

No entanto, relevei e continuei minha caminhada pela Atlântica com o mocinho. Afinal, não tinha lá muita coisa a perder àquela altura do campeonato. E depois daquela, ele não teria repertório para fazer com que eu perdesse ainda mais a fé na humanidade e na minha euforia otimista. Ledo engano...

Estávamos nós num clima semi-romântico num ponto de ônibus da Prado Júnior (pra quem não é do Rio, é uma rua de moças de vida fácil, onde mora o travesti do Ronaldinho), quando o bonitinho me dirige a seguinte pergunta:
- Você não me falou do seu pai. Ele é mecânico?
Eu, muito intrigada:
- Não, meu pai morreu há alguns anos, mas não era mecânico, não. Por quê?
Esperava um esboço de constrangimento do rapaz ou um gesto de solidariedade à minha condição de moça orfã, mas... acreditem! Ouvi a seguinte resposta:
- Porque você é uma "graxinha"

Esse superou com ampla vantagem o protagonista do episódio "chaves do coração".

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"De nível"


Profissional do quinto time da TV Globo, o ator Sérgio Marone é mais lembrado por ter namorado a Aline Moraes do que por seu histórico na dramaturgia. Como celebridade do baixo clero que é, deveria manter-se recolhido à insignificância proporcional à sua falta de talento. Teria evitado a declaração estapafúrdia proferida em uma entrevista à revista 'Quem'. Compartilho:

QUEM: Você já pagou por sexo?
SM
: Perdi minha virgindade com uma prostituta, quando tinha de 12 para 13 anos de idade. Foi ótimo. Aprendi muita coisa (risos).
QUEM: Usou camisinha?
SM
: Usei, lógico. Mas ela era bacana, de nível, estudante de odontologia. Não era uma qualquer.

Eu entendi mal ou, na opinião do moçoilo, as moças 'de nível' não transmitem cancro mole, gonô, AIDS e outras ziquiziras??? Ah, tá...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Conversa de academia


O 'Musa' é um sucesso tão absoluto que até mesmo talentos de alto quilate objetivam um espaço por aqui. Um exemplo é minha amiga Samantha J. (nome fictício), que decidiu compartilhar uma de suas divertidíssimas histórias com o meu seleto grupo de leitores. Depois de muita insistência por parte da moça, autora do sensacional e pertinente blog 'eu tenho dedo podre', aceitei. Aí vai:


Felizes são aqueles que conseguem encontrar uma atividade física que lhes proporcione alegria. Infelizmente, comigo isso não acontece. O único esporte que me faz feliz é levantamento de copos. E como me aproximo da tão temida idade adorada por Balzac, a academia de ginástica é a chance que me resta na luta contra a força da gravidade e a multiplicação descontrolada de células adiposas.

Pois bem, tento freqüentar o aprazível local o maior número de dias possíveis. Toda vez que não estou de ressaca dou uma passadinha por lá. Sempre munida de fones de ouvidos, ligados em alto volume, para me comunicar o menos possível com a estranha fauna que lá habita.
Mas nesse dia meu par de companheiros ficou esquecido em casa, e ao invés das minhas agradáveis músicas, tive o prazer de ouvir as conversas alheias. Um professor com cabelos arrepiados à custa de muito gel ajudava uma aluna loira e gostosa a fazer o seu alongamento.

Loira gostosa:
-Eu nunca vi eles tocarem, parece que eles usam umas fantasias, né?!
Professor com gel:
-Eu já vi. Cara, eles arrebentam. E usam umas roupas muito esquisitas. Vou de novo!
Loira gostosa:
-Mas fica ligado, que a parada vai terminar cedo. Às oito.
Professor com gel:
-É mesmo? Mas que caído, o último evento que eu fui lá não terminou cedo, terminou às onze.

Eu estava achando aquilo muito interessante, ‘Olha como eles são saudáveis!’, eu pensava. ‘Freqüentam shows com horário de matinê. Será que é pra vir malhar no domingo?’ Então a loira gostosa continuou:
- E sabe que eu não gostava de música eletrônica?! Agora me apaixonei! Eu fui nessa última festa. Mas fui embora sete e meia, não agüento ficar até o final da manhã!
E o professor retrucou:
- Juuura? Eu fico até o fim sempre!

E subitamente tudo se esclareceu! As pessoas saudáveis passam seus dias de folga pulando e se entorpecendo em raves com o sol a pino!!! Meu Deus, e eu que achava que eu e meus amigos sambistas éramos boêmios! Meu mundo caiu!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pensamento do dia

Definição de bom e mau gosto segundo Edmundo Barreiros, editor do site Ego, figuraça e meu cálega de sirviço:

"Gisele Bündchen pelada é bom gosto. Gracyanne Barbosa vestida é mau gosto"

Sábias palavras...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Coisas quem têm me irritado (muito)

Ando irritada. Por sorte não possuo arma de fogo e tenho força física limitada. Do contrário, já teria mandado outros seres humanos desta pra uma melhor com as minhas próprias mãos. Meu amigo Caio diz que estou de TPM. No entanto, o meu período pré-mestrual está distante e a minha vida sexual, em dia, o que me leva a cogitar outras causas para tamanho ódio da humanidade, da natureza e dos bichinhos. Compartilho-as:

Déborah Secco, a caipira sexy da novela das oito


Sempre tive implicância com essa moça. Mas infelizmente, sirigaitas costumam ter sorte na vida. Prova disso é que alguém, um dia, certamente sob efeito de drogas pesadas ou inebriado por uma chave de Bu&*$%@ceta bem dada (ou ambas as coisas), disse que ela tinha vocação para ser atriz. Ela acreditou. E o que é pior, não só ela. Diretores e autores renomados na TV Globo dão inquestionável cartaz à sirigaita. E aí está ela, pelo menos uma vez por ano, exibindo o corpicho (cada vez mais magro) e a imensurável chatice numa novela. A impressão que eu tenho é que as personagens dela são sempre iguais, como as da Betty Faria, que se parecem todas com a Tieta.

Mas no atual papel, a namorada do Roger conseguiu me supreender. Afinal, não deve ser fácil compôr uma personagem capiau-ignorante-do-interior que, de um dia pra outro, passa a se expressar com sotaque carioca pelo simples fato de ter deixado o humilde barraco em que morava para virar meretriz de luxo. Palmas pra ela!

Pessoas que se sentam no banco do corredor na van
Vans são ambientes insalubres, motoristas de van são uma subcategoria da espécie humana e, pra completar, só é possivel se deslocar em determinados trajetos fazendo uso desse tipo de transporte coletivo. E como desgraça pouca para pobre é bobagem, ainda temos que enfrentar uma categoria de passagêro sem noção das vans: os que se sentam no último banco da fila, aquele do corredor. Taí uma coisa para a qual ainda não encontrei explicação!

Raciocinem comigo: uma van constuma ter 4 ou 5 fileiras de bancos, separadas por corredores da extensão de um buraco de agulha. Mesmo assim, como diria Nélson Rodrigues, é batata: você entra na van e o único ligar disponível é naquele banquinho que fica lá perto da janela. Ao lado dele, há outros dois bancos ocupados. Resultado: ou segue a viagem em pé, com a postura do Corcunda Quasímodo, ou se aventura a atravessar o corredor (da extensão de um buraco de agulha) utilizando o que sobrou de espaço entre os joelhos dos sem-noção e os bancos da fila da frente. Visualizaram? Não é necessário grande noção de dimensão ambiental para deduzir que moças, digamos, mais abastadas de curvas como eu, acabam, inevitavelmente, arrastando o traseiro no nariz de algum "obstáculo".

A pergunta é: Por que diabos esses cidadãos não acomodaram os traseiros no banco da janela? Por que não deixaram o assento do corredor livre para o incauto cujo acaso levou a entrar na van depois dele? Por que, meu Deus? Será uma espécie de fantasia de cunho sexual? Se for, é um tanto esquisita. Afinal, ter uma bunda desconhecida (e nem sempre bacana) arrastada na sua cara não me parece muito apetecedor...


Seu Jorge e a "mina do condomínio"
"Tô namorando aquela mina / mas não sei se ela minamora / mina maneira do condomínio / lá do bairro onde eu moro"

Alguém reconhece os versos? Pois trata-se do novo hit do Seu Jorge que, como toda porcaria, entrou na lista das mais pedidas de todas as rádios. Das pagodeiras às sertanejas, das pop adolescentes às de MPB moderninha: todas tocam, quase ininterruptamente, essa tentativa de aliteração frustrada. Dia desses, fazia uma ronda pelas estações disponíveis no meu MP3 e me deparei com a "mina" em nada menos que quatro, das seis estações que tenho gravadas. Um adendo: as duas freqüências que não tocavam a famigerada canção eram rádios de notícias. Não tenho colhões, mas imagino que senti algo semelhante a um chute nos mesmos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Diálogo masculino

Dia desses, um site de notícias sobre celebridades publicou uma foto do ator Thiago Lacerda olhando lascivamente para o traseiro de uma moça que por ele passava, numa praia carioca. O também ator Kadu Moliterno mostrou ser adepto da teoria rodrigueana 'toda mulher gosta de apanhar' quando sua digníssima esposa exibiu um olho roxo na capa de uma revista semanal. Jack Nicholson assumiu se amarrar numa moça 'de vida fácil'.

Meus leitores devem estar se perguntando por que estou fazendo essas observações sobre o universo masculino. Pois eu vos digo: é para embasar a tese (que não é só minha, óbvio) de que os seres humanos machos são todos baixo nível quando o tema é o sexo oposto.

Não imposta classe social, nível cultural, educacional ou finaceiro. Mesmo que não cocem o saco em público ou cuspam no chão, viram peões de obra quando, por exemplo, avistam uma 'mulézinha gostosa'. Vejam o dialogo que presenciei, dia desses, entre dois amigos que comigo trabalham: um jornalista bem criado e um publicitário, também de ótima estirpe:

Publicitário: "Caralho, mérmão! Olhas as pernoca dela!" (referia-se a uma moçoila paramentada com um vestido que cobria somente sua virilha)
Jornalista
: 'Mó gostosa!

Publicitário: 'Pena que tá com aquela sandália feia! Como é que pode uma mulher usar uma coisa que tape o tornozelo? Tem que mostrar o tornozelo!"
Jornalista: "Eu prefiro a buceta"
Publicitário: "Mas a buceta não é exatamente bonita"


E depois de uma breve pausa, conclui: "Se bem que não dá para passar o piru no tornozelo..."





quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fim dos Tempos II

Lembram-se que anunciei o fim dos tempos aqui no Musa? Eis aí mais um indício da veracidade das minhas profecias:

Leila Lopes vira Mulher-Gato

Ela encarou a personagem para o 'TV Fama' (tinha que ser)

A atriz (?????) Leila Lopes topou o desafio para encarar o papel de Mulher-Gato. Mas calma! (muito oportuno o alerta) Não se trata de nenhum filme pornô explorando o feitiche da inimiga mais sensual de Batman, não, e sim do “TV Fama”, da Rede TV, que convidou Leila para brincar no quadro “Transformação”. Ela topou e se entregou (mas rolou romantismo, ela garante) nas mãos da equipe do salão LZ Beauty, do cabeleireiro Lazinho, em São Paulo.

Bem, o resultado... Confiram! Me faltaram palavras para tecer comentários...




sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Não deixe de perder

Ainda não sabe o que vai fazer neste fim de semana? Pois comece listando o que você não vai fazer de jeito nenhum. O ''Musa" facilita o seu planejamento indicando os eventos mais “perdíveis” da temporada. Programe-se… e recomende aos desafetos!

Fani estréia peça 'Os Exculachados' em Nova Iguaçu
Depois de rodar sete estados e 18 cidades com o espetáculo ‘Os Exculaxados’ (como ela conseguiu que financiassem essa empreitada??), Fani finalmente vai se apresentar em sua cidade natal, Nova Iguaçu. Desta sexta até domingo, dia 10, a ex-sister encena o espetáculo na Casa de Cultura Sylvio Monteiro. Na peça que tem direção de Chico Anysio (o casamento com a Zélia Cardoso deixou mesmo seqüelas no humorista) Fani vive duas personagens: uma miss patricinha e uma perua consumidora.

Ex-Big Brother fazendo duas personagens em uma só peça? É pagar para… não ver!

Jeito Moleque no Citibank Hall
Os meninos do Jeito Moleque trazem ao Citibank Hall/RJ o show do DVD ecologicamente correto “Ao Vivo na Amazônia”. A apresentação tem releituras de sucessos da banda e interpretações novas para clássicos da MPB. Gravado às margens do Rio Negro, o palco foi construído com madeira de manejo sustentável e o show foi “neutro em carbono” - a emissão dos gases liberados foi compensada pelo plantio de 490 árvores.

Pagode paulista+ discurso ecológico+ releituras de clássicos da MPB= suicídio

Post publicado no Buzz, dos meus queridos amiguinhos, Thales, Thiago e Miza

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sexta-feira quente? Só se for no Prezunic!


Enfim, é sexta-feira!

Você trabalhou feito uma operária na Revolução Industrial durante a semana, seu saldo bancário é de 18 reais e seis centavos, seu irmão ouve reggae nacional em volume intolerável (acompanhado por sua cunhada chata e por amigos idiotas) e seu quarto- única opção de refúgio da noite- está em obras. Mas como nada é tão ruim que não possa piorar ainda mais- como determina a Lei de Murphy- você está de plantão no fim de semana enquanto o seu 'namoradico' viajou pra Balneário Camboriú, aquele lugar lá em Santa Catarina onde até as caixas de supermercado são loiras top models. O que fazer?

a- Ir para o quarto do seu irmão fumar um cigarro não-legalizado e ouvir reggae nacional (recitando as letras), com a sua cunhadinha chata e os amigos idiotas do mesmo?

b- Ligar para um ex que, apesar de razoavelmente gostoso, é muito mala, mas te mandou um migué há poucas horas, quando te avistou a caminho do lar?

c- Cortar os pulsos depois de tomar um copo de sukita diet com arsênico?



sábado, 19 de julho de 2008

Fim dos tempos


Em seu sensacional 'Mesa de Botequim', a sarcástica blogueira paulistana Red aposta na veracidade das profecias do Apocalipse com base em uma nota publicada na imprensa marrom sobre o pagodeiro Belo (aquele mesmo, o que foi em cana).

A nota informava que o referido pagodeiro "(...)mandou um representante bater na porta da Globo e sondar se havia interesse em dar a ele um espaço na programação, assim que estiver em liberdade total".

Pois eu estou com a Red e não abro: o Juizo Final está por vir! E uma outra "matéria" sobre o universo das celebridades comprova as nossas profecias. Coincidentemente, o caso noticiado tem como personagem a ex-noiva de Belo, a respeitosa senhorita Viviane Araújo. O protagonista é o atual "homem da sua vida": o (felizmente) ex-jogador do Fluminense Radamés. Sintam o drama:

Radamés tatua nome de Viviane Araújo no braço

Jogador já havia tatuado a frase 'soy loco por tu boca' no antebraço, também em homenagem à namorada


O jogador de futebol Radamés fez mais uma tatuagem em homenagem à namorada, a dançarina Viviane Araújo. Segundo o jornal "Meia Hora" desta sexta-feira, 11, desta vez ele escreveu no pulso o nome da noiva. Em novembro de 2007, Radamés escreveu no antebraço a frase 'soy loco por tu boca'. Neste domingo, 13, Viviane fará um show com a banda de forró Chamego de Menina, na quadra do Salgueiro, no Rio. Preocupada em aparecer mais bonita nas apresentações com o grupo, ela recentemente fez uma aplicação de botox. Segundo Vivi, ela tem marcas de expressão provocadas pelo sol.


Pensem com a Musa: seres humanos tatuam a frase 'Soy loco por tu boca' no antebraço como demonstração de afeto por outro ser humano. Pagam ingresso para assistir a um show da banda de forró 'Chamego de Menina' na quadra do Salgueiro. E estorricam a pele em câmeras de brozeamento artificial a fim de reforçar a marquinha de biquíni... para entupir a cara de botox aos 33 anos!!!!!

Definitivamente... a raça humana está ou não está a um passo de ser defenestrada?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Uma vez musa, sempre musa...


Como musa de caminhoneiro bem servida de carnes que sou, a palavra dieta é quase um mantra na minha rotina. Desde que passei da idade de comer feito uma ariranha e não ganhar um grama sequer de gordura abdominal, já experimentei "de um tudo" para não ultrapassar o tênue limite que separa uma musa de caminhoneiro da Mulher Melancia.

Ainda comemorava os resultados da última - que possibilitou minha reconciliação com as calças 38 quase descartadas no guarda-roupa- quando uma frase proferida por um cidadão (certamente na intenção de tecer um elogio à minha pessoa) acabou com a quase certeza que tinha de que 'tava ficando gostosa, a caminho da condição de esbelta'.

Estava eu saboreando um capuccino num ponto de ônibus da Avenida Roberto Silveira, às 8h da manhã de hoje, quando ouço do sujeito sentado no banco carona de um caminhão (tinha que ser) que por lá passava rumo à Ponte Rio-Niterói:

- Que saúde, hein, cavalona?

O capuccino (com açúcar, minha religião não permite adoçante) quase foi pro lixo. Junto com o meu ego. Na segunda-feira, começo a dieta do chá branco veiculada na revista 'Ana Maria'.



domingo, 6 de julho de 2008

Pagodinho hi-tech


Quantas vezes Nani / Tantas vezes Nani / Eu te desenhei / Num papel de pão /Tempestade clara / Sol do meu Saara /Eu te bronzeei / Sem você notar

Alguém se recorda desses lúdicos versos? Trata-se de um trecho de 'Nani', do grupo Art Popular, um clássico do pagodinho trash dos anos 90. A canção foi puxada por um figura durante uma viagem de van rumo à Teresópolis, onde assistiríamos ao casório do irmão de uma amiga da faculdade. O utilitário fora fretado somente para a nossa turma pelo pai do noivo, o que acabou transformando a viagem numa típica excursão colegial. Com uma diferença: na hora da cantoria, decidimos trocar a seqüência de 'chora bananeira' por pagodinhos trash dos anos 90. Era uma espécie de competição pra decidir quem resgatava o maior número de pérolas. E a galera, que não é de bobeira, arrasou. Teve até um momento 'coreografia' protagonizado pelo meu amigo e hoje colega de sirvirço Fabrício Yuri.

Rolou 'Inaraí' (seu corpo é um mar por onde eu quero navegar); 'Lua Vai' (Lua vai, iluminar os pensamentos dela); Pagode na Cohab (avisa ao chamburcy que tem danone à vontade)... E por aí foi. O que não imaginávamos é que o filé do repertório pagodeiro só nasceria alguns anos depois. Não tem Soweto, Negritude Junior, Katinguelê do Salgadinho e nem Karametade!! O pagode, caros leitores, evoluiu. E literalmente falando. O baticum entrou na era virtual, vejam vocês. Em tempos de orkut e msn, ninguém mais desenha a amada num papel de pão. Os pagodêro do novo milênio choram com a sua 'nem' na webcam e tem arrepios ao receber scraps da eleita em genuíno miguxês.

Não tão entendendo nada? Pois conheçam agora a canção 'Fiquei muito feliz', dos gatinho antenado Luciano Becker E Maicon Simpatia, do grupo Swing e Simpatia. Tomei a liberdade de inserir algumas observações, mas nada que impossibilite a análise da sensacional letra. Deliciem-se...

Fiquei muito feliz
Quando vi sua chamada perdida no meu celular
Quando ouvi sua mensagem de voz pedindo pra perdoar
Ali eu vi que a fria tempestade passou,
ali eu vi que a fria tempestade passou


Liguei meu PC (em casa ou na lan?)
Quando entrei no meu Orkut, só dava você (Visualizei: a fotinho do avatar da moçoila é uma daquelas tiradas com a câmera apontada para o espelho. Botou o cabelitcho (loiro com 2 palmos de raiz preta) para o lado, uma 'brusinha' da PXC e mandou ver)
quando li seu scrap, me fez entender(O seu scrap? Um só? Mas não 'só dava' a gatinha?)
Que o nosso amor nunca morreu e nem vai morrer

Logo em seguida eu entrei no meu MSN, comecei a tremer
Pois você estava Ooooon, não deu pra conter

Na webcam choramos depois de nos ver (não encontrei palavras pra inserir observações nesse trecho...)

Eu não estou querendo generalizar (no dicionário: tornar geral; não fazer restrições individuais; vulgarizar)
Nem ser tão radical em que vou te falar
Te amar como eu te amo ainda está pra nascer
(será isso o 'generalizar'???????????)
Não merecia um terço desse meu sofrer (essa eu vou roubar pra falar pro Washington e pro Renato Gaúcho)

Você não tem noção do quanto em mim doeu
Mas acho que a lição agora aprendeu
Cuide do que é seu
Fiquei muito feliz...


É isso aí, leitores! Exclusão digital que nada. A internet chegou definitivamente a todas as camadas da sociedade. É um grande passo rumo ao primeiro mundo, tá pensando o que?


domingo, 25 de maio de 2008

Mais uma da série 'Adoro a imprensa marrom'


Nesta semana, os puliça mataram um famoso comerciante de entorpecentes da Rocinha cujo vulgo era "Skol". Prato cheio para mais uma sensacional manchete com trocadilho do Meia Hora. Compartilho com os que não tiveram o privilégio de ler:



'SKOL DA ROCINHA DESCE REDONDO PARA O INFERNO'


Eles se superam na genialidade...


sexta-feira, 2 de maio de 2008

Lingüiça na panela


Tudo bem, eu sou uma musa de caminhoneiro. Mas isso não faz de mim uma moça amante de cantadas, digamos, dignas da classe. Pelo contrário! No seleto ranking da musa, figuram as primeiras posições os indivíduos providos de muito bom senso e muita sutileza. O problema é que, embora não aprecie, eu tenho mesmo imã pra abordagens chulas. E o que é pior: sou vítima de cidadãos reincidentes no crime. Segue o relato de mais um episódio da série "só comigo que acontece":

Lembram do cidadão que me propôs "botá pra isso aí pra jogo"? Pois é... Quando acreditava que o sujeito já tinha ido para o universo dos encostos despachados, eis que ele ressurge. E com tudo, pra provar que grosseria e falta e noção são virtudes que alguns indivíduos só aprimoram com o passar do tempo.

O fato é que o moçoilo fez aniversário e me convidou para a festa. Não fui, é claro! No entanto, como sou moça educada, deixei um recado felicitando o rapaz, agradecendo o convite e perguntando, despretensiosamente, algo como "e a festa, foi legal?" Eis que recebo a seguinte resposta (Ipsis litteris):


Poxansssss... obrigado pelo parabéns... mas ae , faltou vc aki... nem pude pôr a comida na panela... muita linguiça... hahahahhahah Senti sua falta aki.. fica me devendo, ok? Um chopinho... beijaummm

E cadê a cantada chula? Que problema há na resposta do rapaz?, perguntarão alguns. Além do vocabulário miguxês, nenhum, responderia eu. Não fosse o fato de o meu apelido- na turma da qual o referido sujeitinho faz parte- ser "Panela".

domingo, 30 de março de 2008

Sacoé? Sou playboy de Nikit, léque!


A praia de Ipanema tem pombos na areia, um sem número de ambulantes que comercializam (aos berros) toda a sorte de bugigangas, gringos branquelos e desengonçados, cadeiras sujas... Mas apesar de residir aqui na Província de Araribóia, ao lado das quase paradisíacas praias oceânicas, costumo atravessar a ponte e ir para o bairro de Tom Jobim quando quero curtir uma praia. E antes que me chamem de louca, apresento-lhes uma lista de razões que explicam minha preferência pelas praias urbanas da orla carioca.

O primeiro é a facilidade de acesso. Apesar da ponte, não gasto mais de 40 minutos no percurso até Ipanema, enquanto o trajeto até Itacoatiara (foto) nunca é percorrido em menos de uma hora no fantástico 38, o verdinho, único ônibus disponível para a praia da provínicia. E como monopólio no transporte é quase sempre sinônimo de serviço ruim, a empresa a qual pertence o verdinho não poderia ser exceção. Além de não prezar muito pela pontualidade, também caga para a manutenção dos coletivos. Desastre total! Como se não bastassem os bancos velhos e os vidros sacolejantes que fazem um barulho insuportável, o maldito ônibus está sempre lotado, o que obriga a nós, pobres, a dividirmos espaço com pranchas e caixas de isopor. Em um feriadão desses, fui do ponto final à praia imprensada em uma das paredes do veículo, ganhando beijinhos no ombro de um ambulante de bigodinho loiro e sem poder esboçar outra reação senão a de gritar: "Dá pra parar, palhaço!"


Trocar o sacolejo e os ambulantes beijoqueiros do verdinho pelo conforto da van com ar condicionado que me leva direto pra Ipanema (e passa na minha rua) já seria uma ótima razão para me afastar das praias de Niterói. Mas não é a única. A principal, sem dúvida, são os indivíduos de uma sub-raça que se prolifera em abundância na Província de Araribóia: os "play". E em "Itaquá", são eles quem mandam. E para os que ousarem desafiar sua supremacia, escreveram um "Fora, Haoles" na pedra do Costão. Ocupam cada metro quadrado da faixa de areia. Para onde se olha, avista-se um espécime. O estilo é inconfundível. O cabelo de cuia (jogar a franja pro lado com um movimento de cabeça faz parte do show), os cordões de prata no pescoço, as tatoos e, o mais característico: o estranho idioma que essas criaturas falam.

Os nomes de batismo- escolhidos tão carinhosamente pelas mães- só existem nas certidões de nascimento dos play. Na galera, são todos "léques, "brothers" ou "malucos". "Que isso, brother. A praiana tá neurótica hoje. Só falta aquele maluco que vai trazer um bagulho, léque!"

Os estranhos vocativos só são substituídos eventualmente por apelidos- também exclusivos desse universo- como Rato, Boquinha e Caveira. Desafio você, leitor, a encontrar uma rodinha de play que não tenha pelo menos um "Rato".



A regra de ignorar nomes também vale quando se referem às moças. Para os play, indivíduos do sexo oposto são sempre "aquela gostosa", "aquela mulézinha do meu prédio", "a lôrinha", "a do rabão"... "Que isso, léque! Rato tá foda! Tá pegando a lôrinha direto e ainda pegou aquela mulézinha do meu prédio, mó rabão. O cara tá muito frenético, maluco!"

E os play também não têm namorada. Eles têm "mulé". "Carai, léque! Tive que almoçar na casa da minha mulé hoje, mó perrengue, sacoé? Minha sogra é maneira, mas o coroa dela é foda, mó sujeira. Tive que dar uma dichavada com colírio, bróther, porque o maluco ficou me encarando, sacóe?"

Mas como não sou radical, decidi mudar de ares ontem e sucumbi: fui pra Itacoatiara. Ciceronear umas amigas que queriam conhecer a praia foi uma boa razão para enfrentar a horda de ex-alunos do Abel e as periquitas que desfilam a boa forma pelas areias (na água elas não entram, pra não estragar o cabelo) pra humilhar a nós, pobres mortais com celulite.

E olhem... Até que não foi ruim. Sou obrigada a reconhecer que a praia é mesmo uma coisa de linda (e limpa). E apesar de ter ouvido um surfistinha recusar um sanduíche oferecido pelo amigo por estar "com uma alimentação neurótica, léque! Vários sucos..." pude lavar a alma ao descobrir que alguns espécimes- apesar das bochechas rosadas e do figurino classe média- estão em situação bem pior do que a galera que pega o 484 lotado pra ir à praia em Cobacabana. Segue um diálogo que confirma minha teoria:

- E aí, léque? Noitadazinha hoje, depois da praiana...
- Pô, brother, tenho que ver... Vou dar uma sufocada na minha coroa. Vou ver se desenrolo com ela pelo menos uns 10 real. Mas se ela me emprestar o RioCard, já tá valendo, léque!


Pois é...

sábado, 15 de março de 2008

Triste fim do Praia das Flexas...


"Continuaremos atendendo no Praia Grande"


Os dizeres acima estão numa faixa pregada na fachada do Hotel Praia das Flexas, um estabelecimento para fornicações localizado a poucos metros da praia de mesmo nome (que se escreve com X mesmo), aqui da terra de Araribóia. Além da faixa, a fachada do estabelecimento, um tanto degradada, dá sinais de que o fechamento é irremediável. Não me resta outra conclusão: é o fim do Praia. E eu estou de luto!

Lamentar o fechamento de um motel? A que ponto chegou essa tal de Musa?, pensarão alguns. Mas quem é da terra de Araribóia ou anda fornicando com nativos daqui me entenderá. E certamente compartilhará do meu drama. O falecido Praia das Flexas não era só um motel. O Praia, como diria meu amigo Roberto, era uma meca niteroiense do amor. Estrategicamente localizado (a poucos metros da minha residência, por sinal), o Praia ficava na rota de todos os casais interessados em, digamos assim, ir para um lugar onde pudessem se conhecer melhor. Um táxi do centro da cidade, de Icaraí ou de São Francisco pra lá não cobrava mais de 20 pratas. Sem contar que era possível, sim, entrar no lugar a pé sem constrangimentos .

Além de tudo, o Praia ficava ao lado da Sendas 24 horas do Ingá. Ou seja: era possível dar um pulinho no hipermercado antes, comprar uns ices quentes por R$ 3 e trocar pelos geladinhos do frigobar do motel, que custavam R$ 8.

Outro diferencial do Praia era a discrição de seus aposentos. Com visual clean, os quartos nem pareciam destinados à prática pura e simples da fornicação. Não fosse o espelho no teto, me sentiria no apartamentinho do namorado nas vezes em que passei por lá. (Sim, foram vezes, no plural. Mas não revelo quantas). E embora eu nunca tenha desenbolsado qualquer vintém para pagar a conta do lugar, já que não sou feminista nesse quesito, posso garantir que o precinho era bem honesto.

Mas como poucas coisas na vida- como o chocolate Talento amargo com avelãs- são perfeitas, o Praia tinha lá seus incovenientes. E um deles, paradoxalmente, era o fato de estar localizado em bairro tão residencial e geograficamente estratégico como o Ingá. A facilidade de acesso tornava o Praia um destino natural, o que proporcionava encontros constrangedores com conhecidos na recepção, na garagem e- desastre total- nos elevadores do estabelecimento. Isso sem contar o medo que eu tinha de encontrar com mamy saindo de umas compras matinais na Sendas quando de lá me despedia...

Mas o pontinho negativo não diminuía a importância do saudoso Praia Das Flexas em nossas vidas. Depois do fechamento do Cinema Icaraí, a terra de Araribóia sofre mais uma perda irreparável. Prefeito Godofredo, exigimos providências!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Mó lazer, o retorno


O BAR DO PARÁ


Meu amigo e companheiro de silviço, Rodrigo Viellas- um fã ardoroso do Musa- me pediu para ressuscitar a coluna mais famosa do universo blogueiro, a "Mó Lazer". Como fiquei um tempo sem circular pelo baixo clero, acabei ficando sem idéias para a seção, mas, atendendo ao pedido do Viellas, aí vai:

Minha sugestão de lazer du bom desta semana é o Bar do Pará. O estabelecimento está localizado no aprazível Morro do Palácio, em Nikit (pra quem não sabe, é aquele que fica em frente ao disco voador do Nimeyer, o Mac). E Por que o Bar do Pará? O que mais tem em favela é boteco, pensarão alguns. Simplesmente, leitores, porque o Pará é muito mais do que um boteco de morro. O Pará é o pico!

A cerveja (de garrafa, é claro) é sempre gelada e baratíssima! Uma skol sai por módicos R$ 2,50!! E sempre tem alguém pra encher meu copo! hehehe




No Pará, não precisa haver motivos para comemorações. Todas as sextas e sábados, tem uma festinha improvisada no point. Quando não rola uma caixa de som emanando os últimos sucessos do funk acima dos limites de decibéis permitidos por lei, a galera que se reúne lá- numerosa, diga-se de passagem- garante a trilha sonora introduzindo moedinhas em uma juke box que conta com vasto repertório. Eu sempre seleciono as minhas preferidas do Bezerra.

Porém, sendo o dono do estabelecimento que leva o seu nome um retirante nordestino, o que impera mesmo é o forró. E foi na sexta-feira passada, em mais uma noite memorável que passei no referido local, que ouvi "Motel Paraíso", uma inesquecível pérola desse popular gênero musical. Compartilho um trecho com vocês:

O Motel Paraíso
pra mim é um inferno
O Motel Paraíso
deixou meu peito deserto
No Motel Paraíso
foi que o pecado se fez
No Motel Paraíso
eu fui traído
pela primeira vez...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

As chaves do meu coração

O episódio que vou relatar já aconteceu há alguns meses, mas custei a compartilhar com meus leitores por medo de o rapaz que o protagonizou se reconhecer aqui e sentir-se ridicularizado. O moço, definitivamente,(como diria Cléo Pires) "é um fofo" e não merece. Mas a história é muito boa, não deu pra segurar. Moço fofo, sorry. Caso leia o post, não se revolte, tá? Continuo te achando muito bacaninha... Mas que mandou mal, isso mandou. Bem, vamos ao caso:

A coisa se deu em meados do ano passado. Estava em crise com um ex-peguete fixo, daqueles problemáticos, e decidi dar condição para um admirador antigo, daquele tipo ligou-levou. Um rapaz bonitinho, do tipo bom caráter, galanteador... Tudo que eu precisava para inflar meu ego, a essa altura totalmente detonado pelos vacilos constantes do ex-peguete fixo.

E depois de um convite cara-de-pau, lá fui- numa noite de friozinho muito propícia a início de romance- tomar um vinho ou outra birita qualquer com o rapaz. Ficamos num barzinho bacana, praticamente vazio, tomamos uma caipirinha sensacional, conversamos horas...e ele, como era previsível, me tascou um beijão daqueles no fim das contas.

E saímos de lá lépidos, fagueiros e saltitantes, sob o efeito da caipirinha o do "beijão daqueles". Assim caminhávamos pelas ruas de um bairro da zona sul da cidade quando me deparo com uma casinha fofa, cheia de chaves de ferro penduradas na porta. E foi nesse momento que o rapaz conseguiu estragar tudo: da minha esperança de tirar da cabeça o ex-peguete fixo problemático ao efeito da caipirinha, que tornava tudo mais colorido. Vejam o diálogo:

Eu: "Nossa, que casinha legal! Olha só, ela tem chaves penduradas na porta"
Ele: "Por falar nisso... E você? Quando vai me dar as chaves do seu coração?"


Nãããããããããão!!!! Por que, meu Deus???? Por que os bozinhos têm que ser chatinhos? Por que só os filhos da puta, os galinhas, os que cagam pra você e furam quando marcam um encontro nunca falariam uma pieguice dessas? Sinceramente...não fosse eu tão fissurada no sexo oposto, sucumbiria à campanha de umas amigas gays que andam querendo me converter. Homens, ô raça!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Todos sabem que sou fã do Meia Hora, mas o Extra superou o meu periódico preferido ao noticiar a renúncia de Fidel Castro com a seguinte manchete:

"Fidel chama o Raúl"

Sensacional!

sábado, 26 de janeiro de 2008

As encalhadas do casamento


Ser solteira não é problema. A propósito, já escrevi sobre as vantagens da vida de mulher descompromissada aqui no Musa. O problema é o tratamento que nós, moças livres, recebemos em certos lugares e ocasiões. Percebi isso na festa de casamento de uma amiga, dia desses.

Casamento é aquilo... Vários casais de amigos dos noivos, tias velhas e nós, as solteironas. Somos um tipo facilmente identificável. Ficamos numa mesa grande, só de mulheres, bebendo todas até que o prosecco faça efeito e a gente tome coragem de dançar sem pudores mesmo trajando um vestido longo e um incômodo saltão.

No casamento citado, estávamos eu e mais duas amigas digamos... sem homem. E a nossa intenção de beber todas foi rapidamente detectada pelo garçom, que passou a nos servir de forma mais generosa do que ao resto dos convidados. O negócio é que depois da terceira garrafa de prosecco (isso mesmo, garrafa) deixada pelo rapaz na nossa mesa, notamos que o excesso de gentileza tinha outro motivo: o garçom detectara não só a nossa vontade de beber, mas também a nossa solteirice. E achou, é claro, que poderia sair dali levando um pouco mais do que o cachê.

Foi então que o moço começou a servir mais do que a bebida e uma infinidade de comidinhas. Sorrisinhos, olhares marotos e até umas piscadelas eram distribuídos na mesma proporção. E o que era mais deprimente: para as três. Ou seja: além de conquistar o garçom da festa, ainda tive que encarar a humilhante situação de não ter conseguido exclusividade na conquista.

Mas não terminou por aí. Depois de várias tacinhas do espumante e de mais algumas de uma daquelas batidinhas que derrubam, fomos nós para a pista de dança. E foi lá que nos transformamos em outra subclasse das festas de casamento: os alvos fáceis dos amigos solteirões dos noivos. Quase sempre desinteressantes (afinal, se fossem interessantes não estariam sozinhos e atrás de mulher em festa de casamento), esses tipos ficam na espreita, observando as potenciais companhias (para o momento fim de noite, claro). E depois de fazerem uma investigação prévia com os recém-casados, já chegam chegando. Bêbados, é óbvio. Fui vítima de um.

- E aí? Tá sozinha aqui?
- Tô...
- Eu já sabia. O fulano (noivo) me contou.


Vai catar coquinho, né? Se já sabia, por que perguntou? E continuou o caô, com aquele bafo de birita na minha cara e com a gravata toda desconjuntada. Deplorável...

- Vai sair daqui sozinha se quiser. Não quer se inspirar na noiva e casar também?

Pára tudo! Me pedir em casamento sem nem perguntar o nome? Que falta de criatividade, Jesus!

Mas eu não fui a única "vítima". Quando olhei para o lado, uma das minhas amigas dançava o "Créu" animadamente com um moçoilo enquanto a outra batia um papo animadíssimo com outro, enconstadinha da parede. E os noivos, muito maus, observavam a tudo às gargalhadas. Como diria minha amiga Bruna capistrano... Triste fim.