quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Diálogo que tive hoje com uma pessoa meio joselita lá do meu trabalho:

Eu:
-Soube que vai fazer uma cirurgia no olho. O que é?
Ela:
-É uma esponja que está crescendo sob a minha pálpebra
Eu:
-Caraio! Esponja? Como assim?
Ela:
-É, um tumor, tipo uma esponja. Já viu uma hemorróida? Então, é igualzinho, a mesma textura


Puta quil pariu!! O que leva uma pessoa a achar que eu já me prestei ao papel de ficar olhando um cu alheio pra observar a textura de uma hemorróida?

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Páginas da Vida

Tudo bem que virou lugar-comum falar mal das novelas de Manoel Carlos. Mas não posso deixar passar em branco uma esquisitice que detectei em Páginas da Vida (da qual-confesso- sou espectadora). Nos capítulos da semana passada, os personagens dos núcleo infantil e aborrecente da novela -a menininha com síndrome de down e o Francisco e os chatíssimos Gisele e Luciano, respectivamente- apareciam em seus primeiros dias de aula na escola. Em outra cena, um grupo de personagens conversava sobre os preparativos para o Natal.

Diante de tal cenário, uma dúvida passou a me atormentar:

Se a novela se passa nos dias atuais (o que é comprovado pela conversa dos personagens acerca do Natal) e estamos em dezembro, eles não deveriam estar entrando de férias ao invés de aparecerem retornando às salas de aula? Ou será que nas escolas do Leblon o ano letivo começa em dezembro?

Falando em Páginas da Vida...

Corroboro aqui um comentário que ouvi outro dia na fila do cinema. Como puderam colocar uma criança tão feia pra representar o filho da Ana Paula Arósio com o Edson Celulari? Será que não perceberam que o moleque, apesar dos olhos azuis, parece o cão chupando manga? Deve ser filho de algum diretor...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Na moita

De todas as historias relatadas neste blog, a que contarei a seguir certamente parecerá a mais inverossímil. Porém, acreditem: assim como todas as outras, trata-se de um caso realíssimo. E que seria trágico, não fosse uma dos episódios mais cômicos que já presenciei nesta vida. Embora seja um tanto constrangedor, compartilharei o causo com meus dez fiéis leitores...

Eu era afim de um cara que trabalhava com uns amigos. Como fazíamos parte do mesmo grupo, esbarrava sempre com o alvo em botecos, festas e afins. E como sou um pouco cara de pau nesse quesito, não fazia muita questão de esconder o meu interesse pelo referido sujeito. Em bom português: dava mole mesmo!

Como não é das tarefas mais difíceis prum homem perceber que está sendo assediado, o rapaz não tardou a sacar o que se passava. E talvez tocado pela minha falta de sutileza, resolveu contra-atacar.

Era uma festa num campus da Uff, fomos juntos com o mesmo grupo de amigos em comum de sempre (jornalista só anda junto, ô raça). Ele já chegou cheio de amor pra dar. Me lançava uns olhares, trazia bebida... pensei logo: "hi...hoje vai." E foi mesmo!

Num determinado momento, ele me propôs que déssemos uma fugida do barulho da festa e decidimos ir pra um lugar do campus bastante conhecido dos estudantes, uma espécie de, digamos, namoródromo. Uma área bacana, gramadinha, com vista pra Baía de Guanabara, a lua cheia, enfim... um pedacinho um tanto propício para romances fortuitos surgidos em festinhas do campus.

E lá ficamos por algum tempo, do qual não me lembro de ter calculado, mas que certamente passou de uma hora. Pros que já estão neste momento imaginando uma cena daquelas que costumavam ser interrompidas pelo Jason em Sexta-Feira 13, aviso: não rolou sexo. Por mais que fosse cara de pau de dar mole pro cara, não o seria a ponto de ficar pelada no gramado de um lugar público.

No entanto, confesso que vivemos momentos assim... de troca calorosa de afetos, se é que me entendem. E depois ficamos lá, olhando a lua cheia e conversando amenidades.

De repente, percebo uma movimentação numa moita, que ficava logo abaixo de onde estávamos sentados. Será um bicho? Uma cobra? Pensei. Não, era uma cara!! Com cara de mais assustado que nós, levantou-se, ajeitando as calças e, com as mãos pro alto, gritou:

"-Calma, não é um assalto!"

E nós, perplexos e sem entender bulhufas, ficamos ali parados, sem dizer uma palavra sequer, esperando o desenrolar daquela aparição surreal. Desenrolar este que veio com a seguinte explicação por parte do sujeito:

"-Não fiquem com medo de mim, não sou ladrão. Vim aqui cagar e vocês chegaram, começaram a namorar aí, fiquei com vergonha de sair. Mas vim só cagar, não fiquei olhando nada não. Tô saindo, fiquem à vontade."

E saiu apressadíssimo, sem olhar pra trás, enquanto fazia questão de relembrar, aos berros: "Tava só cagando, não vi nada não!"

Caída a ficha, nos demos conta de que o sujeito ficara mais de uma hora agachado ali, com a bunda de fora, espiando a nossa calorosa troca de afetos. Tudo para não parecer inconveniente. Não preciso nem dizer que tivemos uma crise de riso tão incontrolável que não houve mais clima pra romance naquela noite.