Tudo bem, eu sou uma musa de caminhoneiro. Mas isso não faz de mim uma moça amante de cantadas, digamos, dignas da classe. Pelo contrário! No seleto ranking da musa, figuram as primeiras posições os indivíduos providos de muito bom senso e muita sutileza. O problema é que, embora não aprecie, eu tenho mesmo imã pra abordagens chulas. E o que é pior: sou vítima de cidadãos reincidentes no crime. Segue o relato de mais um episódio da série "só comigo que acontece":
Lembram do cidadão que me propôs "
botá pra isso aí pra jogo"? Pois é... Quando acreditava que o sujeito já tinha ido para o universo dos encostos despachados, eis que ele ressurge. E com tudo, pra provar que grosseria e falta e noção são virtudes que alguns indivíduos só aprimoram com o passar do tempo.
O fato é que o moçoilo fez aniversário e me convidou para a festa. Não fui, é claro! No entanto, como sou moça educada, deixei um recado felicitando o rapaz, agradecendo o convite e perguntando, despretensiosamente, algo como "e a festa, foi legal?" Eis que recebo a seguinte resposta
(Ipsis litteris):Poxansssss... obrigado pelo parabéns... mas ae , faltou vc aki... nem pude pôr a comida na panela... muita linguiça... hahahahhahah Senti sua falta aki.. fica me devendo, ok? Um chopinho... beijaummmE cadê a cantada chula? Que problema há na resposta do rapaz?, perguntarão alguns. Além do vocabulário miguxês, nenhum, responderia eu. Não fosse o fato de o meu apelido- na turma da qual o referido sujeitinho faz parte- ser
"Panela".