Conhecem aquela lei de Murphy que diz "Nada é tão ruim que não possa piorar"? Pois ela decididamente rege a minha vida. Principalmente no quesito magnetismo para atrair homem cafona. Depois do fofo que pediu as chaves do meu coração e do rapazote que quis saber se papai era mecânico porque eu era uma "graxinha", achei que já tinha visto de um tudo nessa vida "a nível de" tosquice. Lêdo engano...
Estávamos- eu e amigas da faculdade- usufruindo das futilidades de um encontro mulherzinha no apartamento de uma delas quando notamos que um grupo de espécimes machos do imóvel em frente nos observava. O ápice do voyerismo dos rapazes ocorreu durante nossa performance em uma partida de box no Nintendo Wii. Aquele bando de mulher gritando e dando socos desordenados deve ter mexido com a libido dos referidos, que começaram a se acotovelar na janela para melhor xeretar.
Inebriadas pela alegria do encontro e por alguma quantidade de kiwi diluído em vodka absolut, resolvemos, digamos, dar condição para os pobres. Não pretendíamos ultrapasar o limite do flerte, é verdade. Mas confesso que estava engraçado... Até um dos espécimes jogar água no nosso chopp, ou melhor, no drink de kiwi. Sem camisa e com o pescoço adornado por um cordão dourado, ele se projetou na janela e gesticulou sugerindo que eu fizesse o mesmo. "Ah... o que custa ouvir o que o cidadão tem a me dizer?", pensei. Eis que sou presenteada com a seguinte abordagem:
"Desce aí, pô. Tô carente de você..."
Não seria verso para um belo pagodinho?
