domingo, 15 de março de 2009
Abordagem frustrante
Desiludida com a vida e com os machos da espécie, uma bela amiga decidiu viajar com outras belas amigas para respirar novos ares, se desligar da rotina, conhecer outros machos da espécie, enfim... voltar a sorrir. O lugar escolhido pelo grupo é um conhecido reduto de bicho-grilos no interior de Goiás.
A estada das alegres moças no místico lugarejo transcorria na mais perfeita harmonia quando um episódio quase põe o processo de recuperação de auto-estima da protagonista da história a perder. Estava o grupo em uma espécie de boate local quando um belo macho da espécie lançou aquele olhar lascivo para ela. Antes que a bela pensasse estar vendo coisas ("Um homem desse me olhando? Deve ser miragem"), o malandro voltou a fitá-la. E sendo a observação cada vez mais veemente, a observada começou a, digamos, demonstrar que estava gostando do coisa. E iniciou um processo de retribuição de olhares e, por que não?, lançamento de sorrisinhos maliciosos.
Foi depois de um desses que o sujeito se dirigiu em direção a ela. E se dirigiu tão lindamente que as acompanhantes da protagonista da história até se afastaram, com o intuito de deixar o alvo livre para o atirador. Que chegou, cheio de ginga, cheio de charme e, olho no olho da (a essa altura) já arrebatada senhorita perguntou:
- Tu tem seda?
terça-feira, 3 de março de 2009
E nasce um verbo!
Não sou supersticiosa (com exceção do que se refere a futebol), mas fui vítima de um episódio lamentável nessa última sexta-feira 13. Meu celular submergiu na privada do banheiro da empresa para a qual presto serviço remunerado. Além do constrangimento do acontecido e de ter moblizado uma equipe de manutenção para desentupir o encanamento do banheiro, fiquei sem a minha preciosa agenda. E tive que desembolsar uma considerável quantia para comprar outro aparelho, o que não foi nada oportuno diante da situação de total periclitância na qual me encontro.
Mas enfim... nem a engenhosidade para explicar de que forma o celular foi arremessado no fundo do vaso sanitário; nem o prejuízo financeiro; nem os números de possíveis companhias para noites solitárias que se foram, literalmente, pelo cano. Nada me estressou mais do que a operação para transferir o meu antigo número para o chip atual. Três dias depois de ter feito o pedido na loja e continuar incomunicável, ligo para o famigerado telemarketing da operadora. Reproduzo a saga:
(gravação maldita de uma maldita voz com carregado sotaque paulistano):
- Digite o número do telefone para o qual deseja atendimeiiiinto
Digitado o número, me contemplam com alguns minutos de espera embalada por aquela musiquinha que desperta ímpetos suicidas (ou homicidas, no meu caso). Até que uma senhorita faz o favor de me atender:
- Claro, boa tarde, com quem falo? (saco)
- Musa
- Pois não, senhora Musa. Para que número deseja atendimeiiiiiinto?
- Como assim? Já não digitei o número??
- Sim, senhora. É só pra confirmar
Confirmar o que??? Que também sei expressar oralmente além o número digitado no tecladinho do telefone??? A vontade era de mandar a sujeita para o raio que a partisse, mas respirei fundo e falei o número, explicando o que me levara a perder preciosos minutos do meu dia ligando para um serviço de teleatendimeiiiiiinto:
- Pedi a ativação do chip com o meu número antigo há três dias e nada aconteceu. O prazo era de 24 horas. Pode resolver?
- Pois não, senhora Musa (horas depois). Já fiz novo pedido de ativação e deiiiintro de 6 horas o chip estará funcionando.
- Como seis horas, filha? O prazo inicial era de 24, já se passaram mais de 72. Você quer agora que eu espere mais seis?? (berrando)
Me arrependi do gesto grosseiro. Simpática, a dedicada atendente esclareceu:
- Calma, senhora. Esse é o prazo máximo. Possa ser que ative em seis horas, mas também possa ser que esteja ativado daqui a cinco minutos. Vou pedir urgência.
E não é que em cinco minutos o chip estava ativadíssimo? É... possa ser que eu tenha mais carinho pelas moças do telemarketing daqui pra frente...
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