sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mó Lazer: fim-de-semana de shortinhos e caipirinhas

Sorry, leitores. Mas depois de uma primeira semana de trabalho novo assoberbada de tarefas e ainda tendo que pegar o ritmo da coisa, não tive tempo de fazer uma apuração como se deve pra estréia da Mó Lazer. No entanto, para evitar um segundo adiamento e o conseqüente descrédito dos meus 13 leitores, aí vão algumas dicas para o fim de semana. Como prometido, só coisa fina, nem!

1- Cerveja mais barata que no camelô

Não tem jeito. Por mais que se tente variar às vezes, todos os caminhos acabam te levando à Lapa. Mas bobo de quem vai ao bairro da boemia pra entrar no Carioca da Gema, Rio Scenarium, Teatro Odisséia e outras casas chiquezinhas. Além de morrer em 20 pratas só de entrada e ainda desenbolsar "4 real" numa long neck, você ainda vai se deparar com uma penca de gringos tentando toscamente sambar. Impensável pra quem lê a "Mó Lazer"! Saibam vocês, caros leitores, que a autora deste blog descobriu um boteco (boteco mesmo, não é o Botequim Informal) que comercializa skol gelada pelo menor preço da Lapa. No lugar, que fica um pouquinho antes da Pizzaria Guanabara, "dois latão é 4". Isso mesmo, mais barato que no camelô. Ah! Antes que me acusem de ter esquecido de dizer o nome do estabelecimento, esclareço: o lugar não tem nome. Se tiver, deve ser só no alvará da prefeitura. Mas é molinho de achar! Pouquinho antes da Guanabara. Descubra e beba sem moderação.

2- Caipirinha bombada na barraquinha

Ainda está na Lapa, mas não muito a fim de beber cerveja? Siga até aquela choperia da Fundição, o Parada da Lapa. Porém, como leitor da Mó Lazer não freqüenta lugares burgueses, nem pense em pôr os pés no Parada da Lapa. A dica é experimentar uma caipirinha bombada da barraquinha que fica em frente ao estabelecimento. Pela módica quantia de "3 real", você compra um copão de caipirinha -muito bem feita, diga-se de passagem- e ainda ganha um "chorinho" que nada mais é que outro copo pequeno, cheio da maravilhosa bebida feita de cachaça e limão. Ou seja: Com apenas 6 real, você bebe três caipirinhas (dois chorinhos equivalem a uma inteira) e fica no clima da noite sem decretar falência, leitor. Dá até pra fazer uma extravagância e entrar no Odisséia, já que a long neck de 4 real, definitivamente, não se fará mais necessária.

3- Baile do shortinho estiloso

A melhor dica de hoje foi sugerida pelo meu querido amigo e colega de profissão Rodrigo Rozendo(vulgo Batatinha). É o Baile do Shortinho Estiloso que, como sugere o nome, vai premiar a moçoila que lá comparecer trajando o shortinho mais...estiloso! O evento rola amanhã, na Quadra da Ladeira dos Guararapes, em Laranjeiras, onde, por acaso, mora o Rozendo. Leitora, vista seu shortinho e corra pra lá! Leitor, não perca a oportunidade de contemplar as gatas de shortinhos estilosos, aposto que só vai ter filé! Damas grátis e cavalheiros 5 real a noite toda!

Mais dicas na próxima sexta!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Musa, quem diria, foi parar na Barra

Pois é, leitores. Prometo uma coluna fixa, recebo sugestões, apelos ansiosos e...não posto a "Mó lazer" na data combinada. Imagino que devam estar só aguardando as dicas da Musa para elaborarem a programação do fim de semana, mas não se desesperem. Não será necessário recorrer à Rio Show. Amanhã, antes do entardecer, elas estarão aqui!

Ocorreu, estimados leitores, que a Musa -vejam a ironia- sucumbiu a um programa burguês. Como estou trabalhando na Barra da Tijuca, fui tomar um chopp com amigos do trabalho no detestável bairro, reduto da elite da dominante, dos jogadores de futebol, dos novos ricos, dos figurantes de "Malhação". E, como devem saber, não há estabelecimentos modestos na Barra da Tijuca, fomos tomar nosso chopp no Botequim Informal, que de informal só tem mesmo o nome com que o batizaram. Ou alguém acredita que um lugar informal venda uma porção com 6 pasteizinhos(zinhos) por 10 real??

Enfim...não percam a estréia da "Mó Lazer". E passem longe da Barra da Tijuca!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Seção fixa no Musa: "Mó lazer"


Boates caras, casas de show tão dispendiosas quanto, barzinhos da moda...nada disso! Musa de Caminhoneiro que se preze se diverte mesmo em programas populares, no meio da plebe. Até porque, como sabem, sou uma musa-jornalista-classe-média com bocas para sustentar. E nada melhor do que programinhas que caibam em meu parco orçamento para tirar uma onda sem correr o risco de decretar falência antes do dia de receber a merreca mensal.

E olhem que, modéstia à parte, sou uma espetacular garimpeira de eventos voltados para as classes, digamos, menos abastadas. É um talento nato isso, leitores. Pensam que qualquer um tem moral pra receber convites vip para festinhas na periferia? Pois saibam que nesse quesito, nem a Regina Casé supera a Musa aqui. Por isso decidi, queridos leitores, compartilhar com vocês esse meu peculiar fascínio pelo universo povão (e do universo povão por mim) dando, aqui no Musa, as dicas de lazer que você não vai encontrar no caderno Rio Show e nem na Revista Programa. É a coluna "Mó lazer".

É chegado num mocotozinho e quer saber onde encontrar os melhores (e mais baratos) da cidade? Musa te dirá! Curte um funk? A autora do blog, essa que voz fala, dará o roteiro do pancadão! Portanto você, leitor da elite dominante, deixe os preconceitos burgueses de lado. A "Mó Lazer" será postada toda sexta-feira. Acompanhe o Musa, anote as dicas e permita-se curtir um programinha fora do eixo Lapa-Zona Sul. Uma uva!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ócio nada produtivo

Estou em uma semana de transição: pedi demissão do meu emprego e irei para uma outra empresa. Como só começo no novo trabalho na próxima quarta-feira e já deixei o antigo, ficarei uns diazinhos em casa. Que maravilha...quase dez dias de ócio para fazer coisas altamente produtivas como atualizar o Musa, ler revistas da TV de jornais de domingo antigos, dormir depois do almoço e ver capítulos perdidos de Paraíso Tropical na internet. Seria uma temporada de felicidade plena não fosse ela...Mamy, cada vez mais empenhada na missão de me levar a cometer um ato insano.

Nunca vi coisa igual. Minha presença em casa num dia de semana representa pra mamy a aquisição de um boy. Vou na rua fazer favores pra ela, no mínimo, três vezes por dia. O que é totalmente sem propósito se vocês considerarem que, em uma só saída, eu poderia comprar o cigarro, a carne do jantar, o pão e "uma caixinha de sabão em pó pra aproveitar a promoção". Mas não! A memória de mamy, assim como o seu bom-senso, não é confiável. Vou buscar o João na escola? É certo como chuva em dia de finados que ela vai me pedir pra comprar "uma coisinha" quando eu ponho os pés em casa, embora tenha me visto sair e passado meia hora reclamando da vizinha comigo no portão, enquanto eu tentava (em vão) me despedir.

Aliás, as reclamações de mamy são outra razão do meu suplício. Tô lendo meu Rubem Fonseca, deitadinha na cama, ouvindo um blues pra não desconcentrar, quando ela invade meu quarto (mamy não entra, invade) e dá fim ao meu raro momento de paz com suas lamúrias. A vizinha que não quer podar a árvore ("aquela velha escrota"), a minha cunhada que não arruma o quarto depois dos momentos "a sós" com meu irmão ("não sou camareira de motel"), eu ("só sabe comer e ficar no computador")...Todos são alvos de sua língua ferina!

E vocês pensam que as lamúrias de mamy se resumem a frases curtas, como as reproduzidas aqui?? Não, leitores. Mamy não fala, faz discurso. Ela não comenta, analisa. Ela acaba com o meu dom de conseguir ouvir as pessoas sem escutar...fueda!

Hoje mesmo. Tava pegando um solzinho na varanda mesmo, pra tirar o tom bege desbotado da cara, quando ela chega. E já entrando de sola!

- Até que enfim você saiu da frente daquele troço (mamy só chama o meu computador de troço). Por que não aproveita e vai dar uma caminhada na praia pra emagrecer? (ela também não passa um dia sequer sem me lembrar do meu sobrepeso)

Fico calada. E torcendo para que minhas mini-férias acabem logo. Definitivamente, o sujeito que inventou a máxima "o trabalho enobrece o homem" deve ter sido casado com uma antepassada de mamy.