domingo, 8 de agosto de 2010

Diário de Viagem



No mês de abril, em férias nunca antes tão merecidas, realizei um desejo antigo e puxei meu maracatu pra Pernamubuco, terra do meu ídolo maior, Chico Science, e das pessoas com o sotaque mais foda do Brasil. Minhas aventuras em terras nordestinas foram relatadas resumidamente em uma espécie de boletim de viagem que enviava por email para um grupo de amigas (não diariamente, porque tinha mais o que fazer). As destinatárias se divertiram tanto com as histórias que pediram, imploraram, fizeram novena e, depois de me darem uma vultosa quantia em dinheiro, me convenceram a publicar as mensagem aqui, Ipsis litteris. Seguem os relatos:

Meninas, descobri uma lan house do lado da minha pousada. Óbvio que não vou passar o dia aqui, mas tinha que tirar esse tempinho pra mandar notícias. O que eu posso dizer até agora é que estou num estado de encantamento tão grande que vocês correm o risco de me perder. Esse lugar me abduziu. Sabem o que é você sonhar durante anos conhecer um lugar e se dar conta de que está nele? A emoção é tão grande que eu chorei (juro, chorei) quando pisei no Alto da Sé, de que tanto ouvia falar nas músicas dos meus idolos pernambucanos.

De Recife, conheci pouco. Fui ontem ao Recife antigo, uma area revitalizada da cidade, e adorei. Tem uma feirinha sensacional e a melhor tapioca que um ser humano pode comer nessa vida. Tomei caipirinha de cajá e conheci umas pessoas muito bacaninhas que vão me ciceronear.

O calor, como dizem por aqui, tá "da gota". Mas tem chovido no comecinho das manhãs. Nada que afete a minha festa, já que pra me empaturrar de comidas e bebidas exóticas e baratas não é necessário céu azul.

Os pernambucanos (de todas as classes sociais) são apaixonantes, articulados e politizados. O motorista de táxi que me trouxe do aeroporto deu uma verdadeira aula de história no trajeto. Na tal aula do taxista, descobri que pernambucanos têm uma rixa com baianos. E na briga, é claro, sou mais Pernambuco. Além do axé e do vocalista do Rebolation serem baianos, já pude ter uma ideia da diferença entre os dois estados na escala do meu voo em Salvador. O aeroporto baiano se chama "Dep. Luiz Eduardo Magalhães". O de Recife é "Gilberto Freyre". Bem...

Estou mandando algumas fotos. Volto a entrar em contato, ok?
beijos nas testas

7 comentários:

Naila disse...

Sem medo de generalizar, o nome dos aeroportos já diz bem que tipo de gente e o que elas dão valor em cada uma das cidades. Adoro o lúdico e o lírico de Recife!

Gerson disse...

Mas minina, que viagem da gôta serena essa! Olha, dá uma passada em Gaibú, a praia mais feia do litoral, e vai num boteco que tem guaiamum fresco. Você escolhe eles vivos e o cara faz pra ti na hora. Inesquecível! Encha o orobó de macaxeira com charque e muita manteiga de garrafa. Aproveite também para conhecer a Enseada dos Corais, praia LINDA com uma piscina natural de corais, logo antes de Gaibú. E não esqueça de passar por Porto de Galinhas, point favorito de nossa amiga Redslene Aparecida. Beijão e boa estadia.

Rart og Grotesk disse...

Olá!!Estou te seguindo, curti seu blog!!
se quiser, conheça o meu http://artegrotesca.blogspot.com

menina fê disse...

inveja boa de ti. morro de vontade de ir a pernambuco... um dia vou! amo o sotaque, as pessoas... sonho e ser realizado!

aproveite tudo, tudim! rs

bjs.

Raquel Med Andrade disse...

Simplesmente amei teus relatos!Todos me fizeram rir demais.
Beijos

MarinaG disse...

Vc percebeu que no finalzinho explanou o nome dos moços? hehehe. A-do-ro pernambucano.

Musa de Caminhoneiro disse...

Brigada, Raquel