terça-feira, 15 de agosto de 2006

Sambinha de sexta

Às vezes acho que a proximidade dos 30 me deixou meio chata. Não tenho mais nenhuma tolerância com lugares muito cheios, tumulto, playboysada, musica ruim...por isso não vou mais a boates, chopadas e recuso educadamente convites para churrascos onde eu sei que vai tocar axé (tenho vontade de cometer atentados quando ouço coisas do tipo "Sou praieiro, sou solteiro...".

E como hoje em dia é difícil encontrar lugares que fujam desse estereótipo, quase não saio mais. Até o Candongueiro-antigo reduto da boemia sambista- passo a ser freqüentado por seres fortinhos de abadá!! Mas felizmente, ainda há lugares que se salvam no Rio de Janeiro. E um deles é o Trapiche Gamboa, no Centro da cidade, para onde fui na sexta à noite com uma amiga.

Lugarzinho simpático esse! Logo que cheguei, fiquei impressionada com a decoração. O lugar é uma espécie de galpão bem antigo, que foi restaurado e ficou uma graça. E a cozinha faz umas comidinhas maravilhosas e baratas. Comemos uns bolinhos de aipim com camarão tentadores. E a música? Sempre tem uma roda de samba, cada dia com um grupo diferente. Não me lembro o nome do que tocou na sexta, mas era simplesmente perfeito. Formado por uns coroinhas simpaticíssimos, tocava sambas de Cartola e Noel a Zeca Pagodinho e Roberto Ribeiro. Dancei até com um garçom!

Mas o melhor do lugar era o público. Gente mais velha, alguns da minha faixa etária... mas ninguém de 18 anos!! Não havia menininhas saradas, de cabelo liso e argolão, que parecem produzidas em série. Nem tampouco bombadinhos de abadá ou hypes de cabelo cacheado. Definitivamente, não é um lugar de "gente bonita". Que bom! Credenciado pra ser frequentado por uma pré-balzaca ranzinza!

5 comentários:

Anônimo disse...

Fala Tati, só tenho uma coisa para te dizer... vc tá ficando velha mesma e as coisas vão ficar ainda piores. Já passei por isto e, na verdade, ainda sinto. Não ganho mais concurso de popularidade nem aqui em casa. Minha irmã prefere a gatinha...

Anônimo disse...

Thati (foda-se a versão sem H. Gosto dele e o tenho em meu nome), minha cara, parabéns pela iniciativa do blog. Quanto ao tópico, não se preocupe, pois também sinto-me como você: um balzac ranzinza. Por isso, onde fica o Trapiche? Bjs e sds!

Anônimo disse...

E olha que vc não viu nada... Eu que já tô na fase balzaca tb me sinto assim. "Ranzinza" é realmente a palavra. Não é qq programa q nos satisfaz. E o pior é que, nesta fase, até gostamos de coisas mais simples, mas difíceis de serem achadas nesse Rio de Janeiro... Imagina quando entrarmos na TPM rsrsrs Coitado de quem estiver ao nosso lado rsrs

Anônimo disse...

Aproximando-nos dos 30, não ficamos ranzinzas, ficamos exigentes. Nosso senso crítico fica mais apurado e o afã por "diversão a qualquer preço" se esvai. É quando trocamos quantidade por qualidade. Beijo!!!!!!!!!

Anônimo disse...

nao to chegando aos trinta mas sabe que é exatamente assim q eu me sinto?? balzaquiana precoce!!