domingo, 8 de agosto de 2010

Diário de viagem: dedo podre interestadual

Quando eu digo que alguns episódios só acontecem na minha vida soa como exagero. Mas leiam o relato a seguir.

Vocês sabem que me enrabichei por 2 bichinhos na viagem, né? O *, de Recife (com quem passo mais tempo de dia) e o **, o bem dotado, de Olinda, com quem curto as noitadas. Pois eu já vinha descambando mais pro lado do bem dotado, e não só pela vantagem da anatomia. Ainda bem! Porque o recifense se revelou um palhaço de primeira estirpe.

Na segunda-feira, depois de um dia de amor, almocinho e sorvete na cama, ele me chamou pra tomar uma ceveja e depois, voltar pra dormir com ele. Lindo, né? Até que quando estávamos prestes a chegar na casa do referido, liga uma namoradinha dele que está morando em Londres. Até aí, nada demais. Ele já tinha me falado da tal namoradinha e, como não pretendo contrair matrimônio com o rapaz, dei à rapariga a mesma importância que dou a um pombo.




Mas o papo, ele me avisou, iria se estender um pouco, já que ela precisava falar algo "urgente" com ele no MSN. “Meia horinha só”, no entanto, seria suficiente para despachar a rapariga, garantiu ele. Ok! Fui tomar um banho, tomei mais sorvete, deitei na cama dele e fiquei vendo tv. Passou a tal meia horinha, 1, 2... 3 horas depois (sim, isso mesmo que vocês leram) ele AINDA ESTAVA NO MSN.

Eu tinha dado uma cochilada e fui despertada por uma cena de quase sexo virtual protagonizada pelo rapaz. Meu sangue esquentou, óbvio, e eu catei minhas coisas e saí porta afora. O gajo veio atras de mim, com cara de deboche, dizendo: "O que houve? Eu já tava indo, me espera lá". Enquando eu situava o dito cujo, ele recebe uma mensagem: a tal moça de Londres presenciara a saída dele atrás da minha pessoa pela web cam. Ou seja: além de cara de pau e 171, é burro.





Mas o pior ainda estava por vir. Desesperado com o flagra, ele MANDOU eu ir embora!!! Acreditem. Mas eu, que não ia garotear num momento desse, disse ao rapz alguns impropérios antes de bater a porta. Baixaria total. Lamentável, meninas. Era tarde da noite eu tive a maior dificuldade pra conseguir um táxi. E senti muito medo, afinal, estava num lugar que não conheço. Meu consolo foi o taxista, um fofo, que ouviu toda a história, comprou um tampico laranja e um ice pra mim e ainda contou que fora chifrado há pouco por Suliane, sua noiva paraibana, e que sabia exatamente como eu estava me sentindo.

Enfim... acordei aos prantos - mais pela humilhação do que pela perda do babaca - mas compartilhei a história com o Fernando- o funcionário da pousada que está cuidando de mim feito um segurança- e com um casalzinho de Aracaju que está na pousada. Diante dos comentários de todos sobre a falta de macheza do rapaz, até ri da situação. O Fernando, inclusive, se ofereceu pra mandar uns cabras darem uma lição nele. Quase aceitei, confesso.



Depois do caldo entornado, o filho de rapariga já me ligou umas 5 vezes e mandou um sem número de mensagens pedindo desculpas. Trato friamente. Só atendi porque adquiri um prazer sádico de ouvir o cabra se humilhar.

Mas não fiquem preocupadas achando que esse episódio lamantável estragou a minha viagem. Na noite seguinte levantei, sacodi a poeira, fui à festa do vinil na Bodega do Véio e encontrei alento nos braços do olindense anatomicamente avantajado (foto em anexo) que, além de tudo, ainda canta todas as letras do Reginado Rossi. Apaixonei...

Chêro
Morango do Nordeste

Um comentário:

Marcely Seixas da Rocha disse...

Vc é a pessoa mais engraçada do planeta Terra, amiga! To passando mal aqui!