Ando irritada. Por sorte não possuo arma de fogo e tenho força física limitada. Do contrário, já teria mandado outros seres humanos desta pra uma melhor com as minhas próprias mãos. Meu amigo Caio diz que estou de TPM. No entanto, o meu período pré-mestrual está distante e a minha vida sexual, em dia, o que me leva a cogitar outras causas para tamanho ódio da humanidade, da natureza e dos bichinhos. Compartilho-as:
Déborah Secco, a caipira sexy da novela das oito
Sempre tive implicância com essa moça. Mas infelizmente, sirigaitas costumam ter sorte na vida. Prova disso é que alguém, um dia, certamente sob efeito de drogas pesadas ou inebriado por uma chave de Bu&*$%@ceta bem dada (ou ambas as coisas), disse que ela tinha vocação para ser atriz. Ela acreditou. E o que é pior, não só ela. Diretores e autores renomados na TV Globo dão inquestionável cartaz à sirigaita. E aí está ela, pelo menos uma vez por ano, exibindo o corpicho (cada vez mais magro) e a imensurável chatice numa novela. A impressão que eu tenho é que as personagens dela são sempre iguais, como as da Betty Faria, que se parecem todas com a Tieta.
Mas no atual papel, a namorada do Roger conseguiu me supreender. Afinal, não deve ser fácil compôr uma personagem capiau-ignorante-do-interior que, de um dia pra outro, passa a se expressar com sotaque carioca pelo simples fato de ter deixado o humilde barraco em que morava para virar meretriz de luxo. Palmas pra ela!
Pessoas que se sentam no banco do corredor na vanVans são ambientes insalubres, motoristas de van são uma subcategoria da espécie humana e, pra completar, só é possivel se deslocar em determinados trajetos fazendo uso desse tipo de transporte coletivo. E como desgraça pouca para pobre é bobagem, ainda temos que enfrentar uma categoria de
passagêro sem noção das vans: os que se sentam no último banco da fila, aquele do corredor. Taí uma coisa para a qual ainda não encontrei explicação!
Raciocinem comigo: uma van constuma ter 4 ou 5 fileiras de bancos, separadas por corredores da extensão de um buraco de agulha. Mesmo assim, como diria Nélson Rodrigues, é batata: você entra na van e o único ligar disponível é naquele banquinho que fica lá perto da janela. Ao lado dele, há outros dois bancos ocupados. Resultado: ou segue a viagem em pé, com a postura do Corcunda Quasímodo, ou se aventura a atravessar o corredor (da extensão de um buraco de agulha) utilizando o que sobrou de espaço entre os joelhos dos sem-noção e os bancos da fila da frente. Visualizaram? Não é necessário grande noção de dimensão ambiental para deduzir que moças, digamos, mais abastadas de curvas como eu, acabam, inevitavelmente, arrastando o traseiro no nariz de algum "obstáculo".
A pergunta é: Por que diabos esses cidadãos não acomodaram os traseiros no banco da janela? Por que não deixaram o assento do corredor livre para o incauto cujo acaso levou a entrar na van depois dele? Por que, meu Deus? Será uma espécie de fantasia de cunho sexual? Se for, é um tanto esquisita. Afinal, ter uma bunda desconhecida (e nem sempre bacana) arrastada na sua cara não me parece muito apetecedor...
Seu Jorge e a "mina do condomínio""Tô namorando aquela mina / mas não sei se ela minamora / mina maneira do condomínio / lá do bairro onde eu moro"
Alguém reconhece os versos? Pois trata-se do novo
hit do Seu Jorge que, como toda porcaria, entrou na lista das mais pedidas de todas as rádios. Das pagodeiras às sertanejas, das pop adolescentes às de MPB moderninha: todas tocam, quase ininterruptamente, essa tentativa de aliteração frustrada. Dia desses, fazia uma ronda pelas estações disponíveis no meu MP3 e me deparei com a "mina" em nada menos que quatro, das seis estações que tenho gravadas. Um adendo: as duas freqüências que não tocavam


a famigerada canção eram rádios de notícias. Não tenho colhões, mas imagino que senti algo semelhante a um chute nos mesmos.