sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Puta mundo injusto, meu!

De plantão num pré-reveillon pós-noite de insônia e praticamente babando no teclado. Ruim, né? Mas como diz aquela lei de Murphy: sempre pode piorar.

Eis que num intervalo da labuta, leio na edificante Revista Quem que tal de Fiorella Mattheis está em FERNANDO DE NORONHA pegando o gostoso do FLAVIO CANTO. É numa hora dessas que eu pergunto: Caro Deus: por que umas têm tanto e outras tão pouco?

Enquanto a loira, rica e MAGRA Fiorela tá lá naquele paraíso se refestelando com um dos melhores exemplares da raça masculina do Rio de Janeiro, tô eu aqui na Barra da Tijuca, trabalhando, duranga, acima do peso e sem perspectiva de romances a curto prazo.

Onde está a igualdade de direitos? A distribuição de renda? A democracia? Noronha e Flávio Canto? Com um homem desse, Senhor, ela podia estar até em Muriqui!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A saga da garrafinha perdida


Noite alegre, amigos decidem ir ao estabelecimento noturno de nome Casa da Matriz, no bairro carioca de Botafogo, para celebrar a folga natalina e a visita de um estimado camarada fluminense radicado em Belém -onde é bonito e rico, segundo argumento usado pelo próprio quando se estabeleceu por lá. Um dos mancebos do grupo, num gesto de sagacidade, leva de casa uma garrafinha phyna, tipo cantil, preenchida com vodka da marca Absolut e manda você acomodar a mesma em sua sutil bolsinha carteira.

Já ao alvorecer, depois de consumir a quase totalidade do conteúdo da citada garrafa, chegas em casa, na bucólica Niterói, sem a mesma. Conclui que a deixou em algum balcão do estabelecimento (embora não haja registro do esquecimento em sua memória), quando recebe uma mensagem do amigo pedindo a devolução do utilíssimo objeto.

Envergonhada, se compromete consigo mesma a devolver o souvenir, afinal, seu pai (que Deus o tenha) não a criara para deixar os colega no prejuízo por causa de um ato de irresponsabilidade alcoólica.

Mesmo com restrições orçamentárias, passa numa lojinha e desenbolsa uma pequena fortuna por uma nova garrafa / cantil alcoólico para se redimir com o amigo. A ideia é nem falar com o mancebo sobre a perda. No próximo encontro, você entrega a garrafinha nova acomodada em uma bela caixinha de presente seguida de um singelo abraço e de um pedido de desculpa.

Mais pobre, porém tranquila com a consciência e orgulhosa de si por tamanha sagacidade, você acessa a rede social Facebook e se depara com a seguinte mensagem do amigo em questão:

Tô viajando! a garrafinha tá aqui em casa...


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A "mulher" de 12 anos

Sou moça moderna, cosmopolita, cabeça aberta e coisa e tal... Mas o meu lado careta de quem passou a adolescência em uma província moralista vem à tona de vez em quando. E um episódio vivido hoje fez a caipira que existe em mim aflorar de modo a quase tomar conta do meu ser e dele se apoderar para sempre.

Dando uma daquelas zapeadas nos 328 canais da TV paga, paro na Globo News, que exibia uma matéria sobre os malefícios do uso contínuo do salto alto. Pro tema- tão inédito no jornalismo quanto a dieta do Mediterrâneo no Globo Repórter - eu não tava nem aí, afinal de contas, sou meio desajeitada e nem salto alto uso. Mas a personagem principal da reportagem, uma menina gorduchinha, acendeu meu alerta vermelho.

Toda maquiada e vestida feito uma periguete abastada, a rechochuda jovenzinha se comunicava com o repórter por meio de vocabulário compatível ao de uma pós-adolescente frequentadora de boates da Barra da Tijuca. Com um sapato de salto enorme nas mãos, ela explicava: "Esse eu uso na balada, com um vestido mais curtinho". De posse de outro calçado, cravejado de pedras de strass e com salto semelhante a um sapato de passista de escola de samba, ela dizia "curtir uma pizza com as amigas e sair com os pais". Enquanto ela falava, a câmera exibia uma coleção de algumas dezenas de acessórios para os pés dotados de enormes plataformas e saltos agulha.

"E por que diabos uma mocinha rechonchuda amante de salto alto chamaria a atenção de alguém a ponto de virar tema de um post de blog?", devem estar se perguntando. Pois vos digo, leitores. Pelo fato de a esférica jovem em questão ter apenas 12 anos de idade. Eu disse DOZE! Nem peitinho evidente a menina tinha! Se bobear, nem teve a menarca! E já usa salto alto na "balada", combinado com o vestidinho curto. Como assim, leitores? Que mundo é esse? Na minha época de pré-adolescência, lá pelo começo dos anos 90, papai me daria uma boa coça de Samoa se me visse saindo de casa vestida e falando feito uma pequena piranha! Ora essa!

Ok, as coisas mudam, eu passei dos 30, a Xuxa não é a mais a Rainha dos Baixinhos, a coça de chinelo foi abolida da educação e não existe mais festinha americana com dança da vassoura. Mas reafirmo: não consigo conceber como coisa saudável uma menina de 12 anos usar salto alto! Muito menos ir pra "balada" com amigas. Mané balada! A uma criança dessa idade deveria ser permitido no máximo um daqueles rodízios de massa com amiguinhas do balé! Humpf!

Pra quem ainda atribui o protesto acima à minha possível rabugice, descrevo o trecho da reportagem em que a menina se junta à mãe - também dona de uma coleção de saltos altos - para que as duas relatem situações de aperto advindas desse tipo de vaidade.

Repórter:
- Apesar de saber que faz mal, a senhora deixa a sua filha usar o salto alto. Por que?

Mãe imbecil:
- Pois é... ela adora, né? Não tem jeito! Não consigo proibir.

Peraí! Como não consegue proibir, Senhor? A pequena periquete tem renda própria? Ela sai de casa, escolhe seus próprios sapatos no shopping e os arruma no closet em gradação de cor sem que a mãe saiba? Ok. Segue:

Repórter (para a pequena periguete):
- Você já sentiu dores ou levou um tombo por causa do salto?

Pequena periguete (às gargalhadas)
- Uma vez, na balada, eu parei de sentir minha panturrilha. Tive que sentar no chão até a dormência passar, mas não passou. Fui embora me segurando nas minhas amigas, mas não desci do salto! A gente fala uma pra outra: "Aguenta, amiga. Nós somos mulheres, temos que sofrer".

Mãe (rindo feito uma hiena):
- Pois é... mulher pra ficar bonita tem que sofrer.

Então a filha de 12 anos dessa sujeita é uma "mulher"? Então a filha de 12 anos diz num canal de TV que sentou num chão de boate porque teve a panturrilha temporariamente danificada por um salto alto e a criatura sorri? Pois diante desse quadro, eu profetizo sem medo: se com 12 anos a coisa tá nesse pé, quando tiver a minha idade, essa menina já será uma Suzana Vieira.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Na fila do banheiro


Segue diálogo que protagonizei com uma mocinha ontem, na fila do banheiro do Maracanã:

Eu:
- Essa fila não anda, né?

Mocinha:
- Pois é... o negócio é invadir o banheiro dos homens

Eu (achando que era piada, uma vez que o banheiro masculino encontrava-se com alta concentração de espécimes no momento):
- Tá, gata... Você pode até entra lá, mas não sei se conseguirá sair...

Mocinha (com voz lasciva):
- E você acha isso ruim?

Bem... quem já leu aventuras dessa que vos fala aqui no Musa sabe que não posso ser tachada de moralista e estou um tanto longe de ser uma senhorita puritana. Mas cogitar a possibilidade de ser sodomizada quase simultaneamente por dezenas de membros de torcida organizada num banheiro sujo de estádio de futebol é demais até pra mim.

E a mocinha, paramentada com um shortinho branco que certamente teve que ser rasgado para que saísse do corpo dela, poderia ser personagem do post Tchutchucas do Maracanã.

domingo, 8 de agosto de 2010

Diário de Viagem



No mês de abril, em férias nunca antes tão merecidas, realizei um desejo antigo e puxei meu maracatu pra Pernamubuco, terra do meu ídolo maior, Chico Science, e das pessoas com o sotaque mais foda do Brasil. Minhas aventuras em terras nordestinas foram relatadas resumidamente em uma espécie de boletim de viagem que enviava por email para um grupo de amigas (não diariamente, porque tinha mais o que fazer). As destinatárias se divertiram tanto com as histórias que pediram, imploraram, fizeram novena e, depois de me darem uma vultosa quantia em dinheiro, me convenceram a publicar as mensagem aqui, Ipsis litteris. Seguem os relatos:

Meninas, descobri uma lan house do lado da minha pousada. Óbvio que não vou passar o dia aqui, mas tinha que tirar esse tempinho pra mandar notícias. O que eu posso dizer até agora é que estou num estado de encantamento tão grande que vocês correm o risco de me perder. Esse lugar me abduziu. Sabem o que é você sonhar durante anos conhecer um lugar e se dar conta de que está nele? A emoção é tão grande que eu chorei (juro, chorei) quando pisei no Alto da Sé, de que tanto ouvia falar nas músicas dos meus idolos pernambucanos.

De Recife, conheci pouco. Fui ontem ao Recife antigo, uma area revitalizada da cidade, e adorei. Tem uma feirinha sensacional e a melhor tapioca que um ser humano pode comer nessa vida. Tomei caipirinha de cajá e conheci umas pessoas muito bacaninhas que vão me ciceronear.

O calor, como dizem por aqui, tá "da gota". Mas tem chovido no comecinho das manhãs. Nada que afete a minha festa, já que pra me empaturrar de comidas e bebidas exóticas e baratas não é necessário céu azul.

Os pernambucanos (de todas as classes sociais) são apaixonantes, articulados e politizados. O motorista de táxi que me trouxe do aeroporto deu uma verdadeira aula de história no trajeto. Na tal aula do taxista, descobri que pernambucanos têm uma rixa com baianos. E na briga, é claro, sou mais Pernambuco. Além do axé e do vocalista do Rebolation serem baianos, já pude ter uma ideia da diferença entre os dois estados na escala do meu voo em Salvador. O aeroporto baiano se chama "Dep. Luiz Eduardo Magalhães". O de Recife é "Gilberto Freyre". Bem...

Estou mandando algumas fotos. Volto a entrar em contato, ok?
beijos nas testas

Diário de viagem: o almoço

Meninas, pra isso aqui estar perfeito, só faltava mesmo vocês. Ontem (finalmente) fez uma soleira e eu fui conhecer uma praia de Recife. Se chama praia do Pina, é uma extensão da Boa Viagem, menos tumultuada, mas também habitada por tubarões. A água é muito quente, dá nem arrepio quando a gente entra. Muito diferente das águas geladas do Rio, confesso que estranhei. Vim a convite de um dos moços que conheci na feirinha do Recife antigo, lembram?
Pois é... e né que o moço, muito bem apessoado, me convidou pra almoçar na casa dele e eu, ignorando aquele velho conselho de mamy de nunca aceitar convites de estranhos, aceitei. E acho que fiz bem, viram? O moço, além de não ser um psicopata homicida, fez charque com macaxeira especialmente pra mim.

Bem... o que posso dizer é que do almoço, acabei ficando pro café da manhã. E não sou mais sócia do Clube da Abstinência. Desculpa aí, Rê.


Diário de viagem: bancada por velhos tarados

Nesses últimos dias, me embrenhei num roteiro de descobertas etílicas e gastronômicas desse lugar délicioso (com sotaque). O meu namoradinho nativo (sim, tá rolando um amor) me leva pra cada lugar "da gota" que vocês nem imaginam. (...)

Além da melhor moqueca de polvo que comi na vida, provei uma caipirinha de umbú cajá, a frutinha do "beijo travoso" de Alceu. Aliás, provei não seria o verbo correto. Me empanturrei com nada menos que 10 tacinhas da coisa. Vou ter que importar isso por Sedex, não conseguirei mais viver sem.

As comidinhas das praias também são sensacionais. E aqui tem négodi choque de ordem, não. De caldinhos à ostras, come-se de tudo pagando no máximo 2 real.

Ontem fui a Porto de Galinhas, sempre ciceroneada pelo meu romance nativo. A praia principal é linda, mas eu não curti muito a frequencia. Só tem coroas endinheirados e turistas gordos e branquelos, daqueles que pagam 50 dinheiros por 10 minutos de passeio de jangada. Mas a prainha do lado, Maracaípe, é uma coisa... Surfistas, maconha, silêncio, caipirinha barata e uma barraquinha que faz um caranguejo sensacional.

Quando voltei, aconteceu uma coisa curiosa. Já sem o meu nativo gostoso, fui comer um crepe num restaurante chiquezinho na Boa Viagem. Na hora de pagar a conta, o garçom me disse que já haviam quitado a despesa por mim. E me apontou uma mesa de coroas abastados (pelo papo que levavam, certamente caciques políticos daqui). Um deles me ergueu um copo de uisque pra avisar: "Fui eu". Embora avexada, tive que ir agradecer. Constrangedor! O restaurante inteiro me olhou e certamente viu na minha pessoa uma teúda e manteúda. Mas dos males, o menor. Pelo menos livre-me de um substancioso prejuízo no meu orçamento da viagem.

beijo travoso
Morena Tropicana

Diário de Viagem: A Bogeda de Véio

Arretaaaaaadas!! Andréa me mandou uma mensagem falando que viu Alceu elogiando um lugar aqui de Olinda. Mal sabia ela que esse seria o tema de hoje do diário de viagem da Morena Tropicana. Trata-se da Bodega do Véio. É um lugar tão fascinante que não dá pra descrever só com fotos e palavras: fiz uns vídeos pra vocês.

O Bodega é uma espécie de mercearia interiorana, daquela que vendem secos e molhados, sabem? É um balcão apenas, onde só se chega pra pedir cerveja (muito, muito, muito gelada) e afins. Mas o charme e o encanto do lugar passam longe da falta de espaço. A começar pelo dono, que é chamado de... Véio! Uma das figuras mais fantásticas que conheci na minha aventura nordestina. A decoração do lugar também é sensacional. Tem foto de Luiz Gonzaga na Bodega com dedicatória pro Véio, tem um quadro lindo do meu ídolo maior, Chico Sciense e até- acreditem - a certidão de nascimento de Lampião pendurada na parede. Uma coisa misssstchica (como diria Andréa embriagada)!


Do lado de fora, só gente bacana. Em pé, sentadinhas no meio fio, em cadeirinha improvisadas... indescritível. As pessoas vêm puxar conversa, tocam instrumentos, dedicam música pra você... parece que todos são seus amigos de infância (...) No fim, ainda esticamos no Bar da Alama, outro lugar arretado que tem um banco de praça na decoração.


O detalhe sórdido do meu relato de hoje fica por conta do momento piranhagem da viagem. Meu nativo, de cu doce, não quis vir pra Olinda. O que eu fiz? Peguei um gatinho diliça na Bodega chamado (*), tão nativo e tão arretado quanto, porém mais privilegiado anatomicamente falando, se é que me entendem. Mas enfim... como sou volúvel, mas tenho coração, fui almoçar e fazer um afago no namoradinho nativo hoje. Só que... vou encontrar com o (*) na serenata em Olinda daqui a pouco. Ou sejE: agora, tenho um namoradinho em Recife (pro dia) e outro em Olinda (pra noite). Adaptando Alceu: "Aqui em Pernambuco, mão importa de onde vem a manga: eu quero é o gosto e o sumo".

Beijo
La Belle de Jour e de Nuit

Diário de viagem: Caruaru

Lá em Caruaru, conheci um boteco que voces iam amar. Só gente bacana, papos otimos e um dono que é o maior figuraça que ja conheci. O charme do lugar fica por conta do tratamento digamos... pouco convencional do dono para com a freguesia, incluindo objetos atirados e comentarios pouco elogiosos aos namorados das moças. Adorei o cara! Havia um número significativo de rapazes bem apessoados, diga-se de passagem, mas não fiz uso de nenhum. Minha vida amorosa na capital já está por demais atribulada pra eu me meter a arranjar um rabicho também no agreste, né?

Voltando de Caruaru, ainda fui num showzinho duma banda massa (giria daqui) num pub de olinda. Bebi muita vodka (barata), fiquei amiga do dono, dos músicos... tão amiga que beijei o percussionista no fim da noite (umas 9h manhã). Ontem, curti a ressaca e sai à noite com o olindense anatomicamente privilegiado. Mas como, vocês sabem, não posso desiludir nenhum dos meus xodós... neste exato momento, escrevo pra vocês da casa do recifense, enquanto ele ta preparando uma macaxeira pro nosso almoço.

muitos beijos
Doida das lantejoulas

Diário de viagem: dedo podre interestadual

Quando eu digo que alguns episódios só acontecem na minha vida soa como exagero. Mas leiam o relato a seguir.

Vocês sabem que me enrabichei por 2 bichinhos na viagem, né? O *, de Recife (com quem passo mais tempo de dia) e o **, o bem dotado, de Olinda, com quem curto as noitadas. Pois eu já vinha descambando mais pro lado do bem dotado, e não só pela vantagem da anatomia. Ainda bem! Porque o recifense se revelou um palhaço de primeira estirpe.

Na segunda-feira, depois de um dia de amor, almocinho e sorvete na cama, ele me chamou pra tomar uma ceveja e depois, voltar pra dormir com ele. Lindo, né? Até que quando estávamos prestes a chegar na casa do referido, liga uma namoradinha dele que está morando em Londres. Até aí, nada demais. Ele já tinha me falado da tal namoradinha e, como não pretendo contrair matrimônio com o rapaz, dei à rapariga a mesma importância que dou a um pombo.




Mas o papo, ele me avisou, iria se estender um pouco, já que ela precisava falar algo "urgente" com ele no MSN. “Meia horinha só”, no entanto, seria suficiente para despachar a rapariga, garantiu ele. Ok! Fui tomar um banho, tomei mais sorvete, deitei na cama dele e fiquei vendo tv. Passou a tal meia horinha, 1, 2... 3 horas depois (sim, isso mesmo que vocês leram) ele AINDA ESTAVA NO MSN.

Eu tinha dado uma cochilada e fui despertada por uma cena de quase sexo virtual protagonizada pelo rapaz. Meu sangue esquentou, óbvio, e eu catei minhas coisas e saí porta afora. O gajo veio atras de mim, com cara de deboche, dizendo: "O que houve? Eu já tava indo, me espera lá". Enquando eu situava o dito cujo, ele recebe uma mensagem: a tal moça de Londres presenciara a saída dele atrás da minha pessoa pela web cam. Ou seja: além de cara de pau e 171, é burro.





Mas o pior ainda estava por vir. Desesperado com o flagra, ele MANDOU eu ir embora!!! Acreditem. Mas eu, que não ia garotear num momento desse, disse ao rapz alguns impropérios antes de bater a porta. Baixaria total. Lamentável, meninas. Era tarde da noite eu tive a maior dificuldade pra conseguir um táxi. E senti muito medo, afinal, estava num lugar que não conheço. Meu consolo foi o taxista, um fofo, que ouviu toda a história, comprou um tampico laranja e um ice pra mim e ainda contou que fora chifrado há pouco por Suliane, sua noiva paraibana, e que sabia exatamente como eu estava me sentindo.

Enfim... acordei aos prantos - mais pela humilhação do que pela perda do babaca - mas compartilhei a história com o Fernando- o funcionário da pousada que está cuidando de mim feito um segurança- e com um casalzinho de Aracaju que está na pousada. Diante dos comentários de todos sobre a falta de macheza do rapaz, até ri da situação. O Fernando, inclusive, se ofereceu pra mandar uns cabras darem uma lição nele. Quase aceitei, confesso.



Depois do caldo entornado, o filho de rapariga já me ligou umas 5 vezes e mandou um sem número de mensagens pedindo desculpas. Trato friamente. Só atendi porque adquiri um prazer sádico de ouvir o cabra se humilhar.

Mas não fiquem preocupadas achando que esse episódio lamantável estragou a minha viagem. Na noite seguinte levantei, sacodi a poeira, fui à festa do vinil na Bodega do Véio e encontrei alento nos braços do olindense anatomicamente avantajado (foto em anexo) que, além de tudo, ainda canta todas as letras do Reginado Rossi. Apaixonei...

Chêro
Morango do Nordeste

Diário de viagem: a aventura chega ao fim

Como tudo que é bom dura pouco, chegou minha hora de partir rumo a cidade maravilhosa. Adeus, umbucaja, adeus namoradinho que canta Reginaldo Rossi, adeus os paparicos de Fernando, minha mucama da pousada... adeus...

Pra finalizar, rapidinhas pernambucanas:

- As palavras "Pitu" e "Maurício de Nassau" são as mais lidas na região;

- Esse bailado na ponta dos pés que dançam aí no Rio é qualquer coisa, menos forró;

- A macaxeira daqui é melhor do que o aipim daí;

- A torcida do Santa Cruz é a mais sinistra e apaixonada do Brasil;

- Todo mundo em Olinda é artista. Mesmo que não desempenhe a função;

- Não ouvi música ruim em Olinda. Nem na barraquinha do fiteiro;

- Pernambucanas cantando "Bonde do Tigrão" com sotaque foi uma das coisas mais engraçadas que já vi;

- Única coisa ruim que vi: um negócio chamado "Parque Dona Lindu" (sim, a mãe do Lula), no Recife. Mais uma obra do Niemeyer totalmente sem propósito;

- Nessa viagem, se fui pobre não lembro.

Chêro e até. Chego hoje, às 22h30.

domingo, 23 de maio de 2010

O pitboy erótico


Essa aconteceu faz tempo. Alguns anos, pra ser mais precisa. Mas como foi relembrada em um relato de mesa de bar, dia desses, achei que valeria ressuscitá-la aqui no Musa e consequentemente, ressuscitar o combalido Musa, que anda às moscas devido a uma fase de preguiça literária da autora.

O episódio começou a se desenrolar em um convescote em razão de um aniversário dessa que voz fala. Especificando, foi um animadíssimo churrasquinho na laje em uma casa no Morro do Palácio, comunidade onde eu costumava comemorar minhas primaveras. Enchia a cara de bebida alcoolica fermentada, comia aquela carninha e socolejava o popô ao som de funk com os amigos quando, entre um hit de duplo sentido e outro, adentra o local um grupo de moçoilos demasiadamente musculosos. Apresentando-se como amigos do meu irmão (por que não me surpreendi?), penetraram no evento sem qualquer demonstração de constrangimento pelo fato de NÃO ter sido convidados.

Enfim... abstraí. Afinal, não seria um grupo de penetras brucutus que iria estragar o animado evento em comemoração ao meu ??? ano na Terra. E não estragaram mesmo, já que, contrariando todos os progósticos e as visíveis limitações dos rapazes citados, os mesmos se comportaram de forma muito civilizada. Mas é como diz a máxima: quando não se caga na entrada, na saída a merda vai aparecer. E veio o dia seguinte.

Atendo o telefone da minha residência e uma voz masculina, em tom exageradamente formal, pergunta: "Boa tarde. O Xerequinha está?". Diante das minhas gargalhadas de perplexidade, o sujeito esclarece: "Desculpe, o seu irmão". Ah, tá, pensei. Mamy e papy criaram um filho para ser rebatizado com um dos pseudônimos do órgão sexual feminino? E que tipo de ser humano liga pra casa de um amigo (em tom formal) referindo-se ao mesmo por um apelido tão, digamos, prozaico? Mas isso não vinha ao caso, pensei, já que o Xerequinha, quer dizer, meu irmão, não estava presente e eu queria despachar logo o sujeito que acabara de interromper o meu cochilo cura-ressaca.

Porém, para a minha surpresa, o autor do citado telefonema revelou que não queria falar com o Xerequinha. O alvo, na verdade, era a minha pessoa. Segue o diálogo:


- Pô, gata... sacoé? Vou mandar a real pra tu. Não era com o teu irmão que eu queria falar, não. Era contigo.
-Ahn?
- Isso, mermo! Queria falar contido. Sabe qual foi? Eu tava ontem no seu aniversário, sou o Fulano.

"Senhor! Era um dos penetras brucutus!", realizei. E apesar de estupefata (ou por causa disso), segui educamente o diálogo?

- O que você quer falar comigo, querido Brucutu? (fala adaptada)
- Pô... várias paradas... é que fiquei te olhando ontem, sabia? Tu tem o maior pernão.

Não... aquilo não podia estar acontecendo...

- Fiquei doido. Me amarrei naquele seu vestidinho.

Que delicado! Que lisongeiro! Que sutileza para uma primeira abordagem com uma semidesconhecida!

Já sem nenhum traço de paciência, decidi não prolongar o tempo que havia cedido ao brucutu, menos pelo sono da ressaca do que pelo medo do que estava pro vir do outro lado da linha. Mas antes que conseguisse desligar, ele insistiu:

- Pô, gata. Seu irmão volta hoje?
- Creio que sim. Mas agora realmente preciso desligar
- Pô, tô te incomodando, né?
- Na verdade, sim.
- Tudo bem então. Mas me fala uma coisa... posso passar aí mais tarde?

E foi nesse momento que eu garoteei. Afinal, acreditei que depois do fora monossilábico o cidadão teria se tocado de que não encontraria caroço no meu angu. E achei, sinceramente, que a visita solicitada seria para o amigo Xerequinha. E percebi que me enganara redondamente quando, depois de responder que sim, ele poderia passar na minha casa, ouvi a pergunta quase retórica.

- Ah é? Posso ir mesmo? Posso ir quente que você vai estar fervendo?

Decididamente, devo ter feito algo para merecer tamanhas provações...




domingo, 21 de fevereiro de 2010

O taxista caçador


Voltar pra casa de táxi diariamente foi um conforto adquirido desde que assumi o turno da noite no serviço. Desnecessário dizer que é um luxo! Mas como alegria de pobre dura pouco ou tem restrições, minhas viagens nem sempre são exatamente tranquilas. Isso porque, apesar da sua postura monossilábica ou da sua cara de sono ou de poucos amigos, motorista de táxi que se preze vai SEMPRE puxar um assunto com você.

De comentários sobre o tempo aos resultados da rodada no futebol, o cardápio de temas varia, mas não costuma ultrapassar o limite das amenidades. Todavia, vi que há exceções quando conheci o amigo "caçador". O citado profissional do volante não se contenta em interagir com o passageiro (a). Para o amigo, a criatura a qual conduz no banco traseiro é plateia para um monólogo cujo tema são, digamos, suas perpécias sexuais. E não são poucas! E muito menos comuns. É só história digna de conto erótico vendido em banca de jornal, contadas com riqueza de detalhes.

Na primeira vez que me conduziu para casa, o referido passou a viagem ouvindo atentamente a conversa entre mim e uma amiga da repartição, que comigo dividia o transporte naquela noite. Falávamos de nossas aventuras etílicas por festas dessa vida, nada comprometedor. Detalhe que foi prontamente destacado pelo amigo condutor quando - sem que qualquer gesto de nossa parte desse a entender que caberia ali uma opinião alheia - resolveu se manifestar:


- Vocês são até muito comportadas! Tinham que ver duas que eu peguei outro dia no Cabana do Catonho!

Não, não tínhamos que ver. E achamos que um silêncio seria suficiente para fazê-lo entender o desinteresse. Lêdo engano... Eis que a tal história das bêbadas resgatadas da Cabana do Catonho se estende:

- Uma viu o namorado com outra, e entrou no carro berrando, dizendo que ia se vingar dando pro primeiro que aparecesse. Aí eu gritei: Ôpa!

Já estávamos descendo a Ponte a essa altura da conversa e eu pensei: "Vou chegar em casa antes dele concluir, vou chegar"! Não cheguei.

Virando-se em minha direção (apesar de estar dirigindo), ele relatou:

- A mina tava muito doida, aí! Do nada, levantou a blusa e mandou: "Agora que botei meu silicone o o filho da puta me chifra! Olha meus peitos (pro taxista)! Vê se estão perfeitos".

Ele disse que olhou, é claro (embora estivesse dirigindo). E continuou:

- O final da história você já sabe, né?

Não, eu não sabia. Mas me arrependi de não ter fingido um palpite. Porque ele concluiu:

- Deixei a amiga em casa, ela veio pro banco da frente eu caí dentro ali mermo!

A essa altura, já estávamos (felizmente) na porta do tão esperado destino final, minha casinha. Ansiosa por chegar e me livrar logo do condutor viril, dei um leve tropeção no meio-fio. Foi quando ouvi do cidadão:
- Cuidado! Tá correndo por que? Tem medo de mim?

Não, eu não mereço...


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Atacando de DJ


O que a "jornalista" Sabrina Satto, o modelo e michê Jesus Luz e o playboy, jogador de polo e business-man envolvido com gastronomia e entretenimento (*) Rico Mansur têm em comum? Além da conta bancária polpuda e da beleza combinada a total falta de talento, todos aderiram à modinha que mais tem me irritado ultimamente: volta e meia, eles "atacam de" DJ.

É uma praga pior que a gripe suína. E nem adianta passar longe das revistas de fofoca no salão de beleza ou do site Ego. Basta acessar o meu email do serviço pra constatar que os pseudo-Djs se proliferam em igual proporção à pseudocelebridades. Vejam este "release" que recebi ainda há pouco:

Rodrigo Vieira na pick up do Green Valley

Freqüentemente visto em Santa Catarina, o filho Dj da atriz Suzana Vieira virou habitué do Green Valley, clube chique de Camboriu, litoral norte de Santa Catarina. Numa das festas de final de ano da casa Rodrigo comandou as mesmas pick ups que no ultimo mês recebereram Cal Cox, Erick Morillo e Moony entre outros nomes conceituados do e-music, e onde dia 9 o top Dj holandês Tiesto vai se apresentar.

Será que mamãe Suzana foi prestigiar o evento vestida de Mamãe Noel sexy?

(*) definição enviada pela assessoria de imprensa do moço