sábado, 31 de março de 2007

Os fantásticos condutores

Ficamos confinados por 3 meses e ninguém ganhou R$1 milhão! Equipe que fez o site mais espiado do Brasil.


Pois é...minha temporada no Projaquistão está perto do fim. Na terça-feira, depois que o Alemão ganhar R$ 1 milhão*, eu serei mais um número nas estatísticas dos jornalistas desempregados. E na lista de coisas das quais vou sentir falta (além do meu salário e do poderoso Soséx ho Refeição) estão os fantásticos motoristas que nos conduziam ao longínquo bairro de Curicica e de volta pra casa. Isso quando eles sabiam o caminho, o que era raríssimo!

Como esquecer do seu Manoel. Bastava aparecermos nas roletas da portaria 3 e vinha ele, com seu sorrisinho maroto, antes mesmo de gritarmos o habitual "seu Manel da padaria!" Discreto como aquela sua vizinha que não sai da janela, Seu Manel não deixava nada escapar. Nossas conversinhas no Dobló, até as mais inocentes, eram devidamente filtradas por seus ouvidos atentos e, é claro, posteriormente reproduzidas por sua língua implacável. Principalmente para o grupo que não participara da conversinha relatada.

Nunca esqueço de um dia em que voltávamos pra casa com Seu Manoel, somente eu e a querida ex-editora Ju no Dobló. No percurso, via Linha Amarela, nosso querido condutor aproveitou que a platéia era reduzida e soltou o verbo. "Fulaninha dá mole pra sincraninho, dá não?" perguntava, respondendo ele mesmo, sem dar espaço para contestações. "Dá sim que eu sei." E assim foi, especulando os possíveis romances entre nossos colegas da equipe. Até que, virando-se pra mim com o peculiar sorrisonho amalandrado (perdoem o neologismo), perguntou:

-E você? Já decidiu se quer o Fábio ou o Genílson? 'Qui' você tava dando mole pros dois 'qui' eu sei!!

Enfim...gastei longos minutos tentando convencer o seu Manoel de que o Fábio é um amigo e o Genílson é outro amigo- que além de tudo tem idade pra ser meu sobrinho- mas saí do Dobló com uma certeza: toda a equipe do site ouviu a história do meu suposto assédio aos dois coleguinhas...

E seu Manel tanto falou, coitado, que acabou demitido. E no lugar dele veio o figuríssima Alexandre. Gente fina (até topou estender o percurso para nos trazer, Fábio e eu, em Nikit), mas tinha um grave defeito. Aliás, dois. Um carro que cheirava a gasolina e tinha um banco traseiro no qual não cabia nem uma criança de 3 anos de idade e uma língua maior do que a do seu Manel. Mas, ao contrário do antecessor, ele não fazia fofocas. Apenas falava muito! Mas muito mesmo! Ininterruptamente! O que inviabilizava qualquer tentativa de cochilo nas viagens de volta do projaquistão.

Nunca esqueço de um domingo em que voltava de um plantão (para o qual tinha chegado às 8h da manhã). Fazia um calor anti-higiêncio e a insuportável Barra da Tijuca estava toda engarrafada, com o povo voltando da praia. Meus olhos fechavam involuntariamente, mas não deu pra rolar a soneca. Quando começava a dormir, ouvia de longe a voz (alta, por sinal) do nosso amigo condutor, que inistia em contar- com riqueza de detalhes- a história de um amigo dele que tinha uma plantação de maconha em Maricá. Mas o episódio insuperável foi o do motorista substituto do Alexandre. Confiram a seguir...

*Antes que me perguntem: não é armação, não sei o resultado, é só um palpite

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu como um simples personagem deste fato, venho afirmar a veracidade dos fatos supracitados e reiteirar a imensa inconveniência do motorista substituto Edson, que discorreu longamente sobre seus 2 casamentos, o fato de não cozinhar bem, e até o churrasco de seu aniversário, mas não teve a gentileza (graças!) de me convidar. Ele Crê!

Paulo Henrique Galves da Silva disse...

Oi. Vi seu link no Jornalistas Blogueiros. Bem, não vi nada de BBB (não gosto mesmo, não é nada de academicismo), mas morri de rir com as investidas da sua mãe pra te casar, rs. Ela só comprova uma teoria, ou melhor, uma constatação: os vanguardistas de ontem são os conservadores de hoje. Será que vamos ficar assim também?, rs. Abraço.

Anônimo disse...

Cara, seu Manoel é um alcoviteiro de marca maior! Imagine a senhorita que ele TAMBÉM tentou formar casal comigo e um de nossos estimados colegas de equipe!

Felizmente o Brasil tá vendo e a vida é lá fora, re re.